Partido da base de ACM Neto cogita ida para o bloco de oposição
A relação entre o prefeito de Salvador, ACM Neto, e os partidos aliados não está muito boa. De acordo com o site Bahia Notícias, na segunda-feira (6/5), três vereadores reeleitos pelo PTN – Alan Castro, Carlos Muniz e Geraldo Júnior – acirram os ânimos na reunião da legenda, que aconteceu no Palácio Thomé de Souza, sede da prefeitura de Salvador. Eles querem que o secretário de Educação, João Carlos Bacelar, avalie se vale a pena permanecer na pasta e ameaçaram ingressar no bloco de oposição.
Publicado 08/05/2013 09:37 | Editado 04/03/2020 16:16
As informações foram divulgadas pelos dois novos integrantes da legenda na Câmara, Toinho Carolino e Tiago Correia, que afirmaram ainda que o grupo está insatisfeito com a participação atual no governo de ACM Neto. Pelo visto, a situação do secretário municipal de Educação não está muito boa. Além da “pressão” dos colegas partidários, ele ainda enfrenta problemas com o Ministério Público devido à implantação do programa Alfa e Beto.
Ao ser consultado, o vereador Geraldo Júnior negou que tivesse questionado a permanência de Bacelar na Secretaria da Educação ou ameaçado deixar a bancada governista. No entanto, ele listou o que tem requerido. "O entendimento foi no sentido de o secretário entregar uma avaliação de até que ponto a secretaria é importante politicamente para o partido, que tem a maior bancada do prefeito ACM Neto na Câmara, e ele está às vésperas de uma candidatura a deputado federal. Na verdade, os vereadores estão sendo prejudicados, pois acabaram de sair de uma campanha em que estabeleceram relações com as comunidades e os contratos de construção e reformas de campos e quadras não saem."
Um novo encontro entre os vereadores e João Carlos Bacelar ficou de ser marcado até quarta-feira (8). Caso Bacelar reconheça que o melhor é deixar a pasta de Educação da prefeitura, ele retomará o mandato de deputado estadual, o que implicará na saída de Uziel Bueno, suplente da legenda, da Assembleia Legislativa. Em relação à Câmara, uma possível perda do sexteto implicará em sérias dificuldades de governabilidade para ACM Neto, que teria contra si uma oposição mais robusta.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com informações do Bahia Notícias