Curso do Barão de Itararé: porque outra comunicação é possível 

Com o tema o ‘planejamento do Trabalho de Comunicação e qual a importância dos instrumentos de linguagens’, o terceiro dia de curso do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, que reúne 130 trabalhadores de 15 estados para pensar que uma outra comunicação é possível.

Joanne Mota, do Portal Vermelho em São Paulo

Na mesa João Franzin, Flávio (blogueiro de Goiás) e Vito Giannotti.

Ao longo das discussões os debatedores focaram nas potencialidades das “outras mídias”. O coordenador do Núcleo Piratininga de Comunicação, Vito Giannotti, resgatou o valor do socialismo no interior da luta política e destacou que os trabalhadores devem estar cientes disso. Durante a sua reflexão, ele questionou, por que somos contra a privatização? Porque somos socialistas, e por essência somos contra a qualquer forma de exploração.

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Sobre a questão da democratização da mídia, Giannotti ressaltou que se o governo Dilma Rousseff fizesse 10% do que a presidenta Cristina Kirchner e o presidente José Mujica fizeram na Argentina e no Uruguai nosso cenário seria muito diferente.

Giannotti destacou que os meios de comunicação alternativos, bem como as entidades de classe, precisam de muito investimento tanto nas áreas estruturais e na área de pessoal. E citando o professor Dênis de Moraes, frisou: “o Brasil está na vanguarda do atraso no que se refere à luta pela democratização das comunicações”.

Comunicação e trabalho

João Franzin, da Agência Sindical, falou sobre o papel dos meios de comunicação para a luta dos trabalhadores. E destacou que “é preciso romper a cultura personalista nos meios de comunicações sindicais. Os trabalhadores precisam ser o foco de toda a comunicação, na qualidade política do debate”.

Na oportunidade, Franzin questionou para que serve o jornal do sindicato? E respondeu: para organizar o povo. “É preciso que as entidades sindicais foquem na profissionalização dos profissionais na área para que os trabalhadores dominem as ferramentas e tenham munições mínimas para o embate político”.