PCdoB debate agenda e estruturação entre os trabalhadores

A realização de um balanço político e organizativo da atuação dos comunistas na frente sindical e a indicação de perspectivas e tarefas do PCdoB para o próximo período estão entre os principais objetivos do 5º Encontro Sindical Nacional do PCdoB, que acontece entre os dias 15 e 16 de maio (quarta e quinta-feira), no Rio de Janeiro. O evento irá reunir mais de 200 delegados do Partido ligados ao movimento sindical de 20 estados brasileiros.

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho

O secretário nacional Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana, explica que nos últimos 10 anos a frente sindical do Partido tem realizado encontros bienais. “O objetivo é debater questões políticas importantes ligadas ao 13º Congresso, realizar uma atualização da política sindical do Partido e também discutir o plano de estruturação do PCdoB entre os trabalhadores, uma prioridade da frente sindical”. 

O Encontro – que reúne os mais importantes quadros do PCdoB que militam na frente sindical – contará ainda com a presença dos principais dirigentes nacionais do Partido, entre eles o presidente nacional, Renato Rabelo; o secretário de Organização, Walter Sorrentino; o secretário de Formação, Adalberto Monteiro; o secretário de Comunicação, José Reinaldo Carvalho; o secretário de Finanças, Vital Nolasco, e do membro do Comitê Central, Sérgio Barroso.

A realização de dois importantes eventos ligados à frente sindical do Partido no segundo semestre deste ano – o 3º Congresso da CTB (agosto) e o 13º Congresso do PCdoB (novembro) – também irão pautar debates e reflexões do encontro. Os sindicalistas do PCdoB deverão passar em revista sua linha política e organizativa, fazer um balanço do passado e definir as novas tarefas.

“No momento estão em elaboração as teses que nortearão os debates – que têm como temas fundamentais o balanço dos 10 anos de governos progressistas no nosso país [com Lula e Dilma] e as perspectivas para o futuro – como a necessidade de uma nova arrancada do Projeto Nacional de Desenvolvimento, que contemple os interesses do povo e dos trabalhadores. Também estão em discussão a crise capitalista – que atualmente atinge principalmente a Europa e os países capitalistas centrais, mas com impactos no mundo inteiro – e também as propostas no sentido de ampliar a organização do PCdoB entre os trabalhadores, que é uma tarefa permanente.”

Nivaldo afirma que o encontro dos sindicalistas do PCdoB servirá de subsídio para o 13º Congresso, definindo uma agenda prioritária dos comunistas. “Na frente sindical temos uma bússola essencial que é o Programa Partidário – que defende a ideia do socialismo renovado, e que na atual etapa passa pela luta em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento. Consideramos que é dentro desses parâmetros que devemos debater a contribuição da frente sindical, no sentido de contribuir para a consolidação e o aprofundamento das mudanças progressistas em curso em nosso país, evitar qualquer possibilidade de retrocesso do conservadorismo neoliberal e também defender uma agenda própria dos trabalhadores.”

Ele ressalta que essa agenda foi amplamente discutida na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada em 1º de junho de 2010. Também integram as temáticas essenciais do sindicalismo brasileiro, o desenvolvimento nacional, a democratização mais profunda do país, a defesa da soberania nacional e a integração solidária – principalmente entre os países da América Latina. “Temos ainda uma agenda própria dos trabalhadores que é a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem a redução de salários; o fim do fator previdenciário; a luta para coibir a terceirização desregrada e a rotatividade no mercado de trabalho e outros pontos importantes no sentido de que o Brasil – ao lado de um desenvolvimento econômico e social – tenha como centralidade a defesa dos direitos dos trabalhadores e a valorização do trabalho como uma questão essencial do Projeto Nacional de Desenvolvimento.”