Bengazi será "Watergate" de Obama, diz analista estadunidense

Woodward e Carl Bernstein escreveram e publicaram uma série de artigos no jornal Washington Post que influenciaram a investigação que ficou conhecida como "o escândalo Watergate" e na consequente renúncia à presidência de Richard Nixon em 1974.

"Quando você revisa um conjunto de e-mails divulgados pela Casa Branca e observa a intenção reiterada de ocultar informações, chega à conclusões de que houve uma má ação do governo", assinalou o reconhecido repórter por meio do site Weeklystandard.

"Isso me lembra quando, a 40 anos atrás, Nixon tentou divulgar um pacote de conversas e transcrições depois que elas foram editadas por seus assessores", apontou Woodward.

Antes, o legislador democrata e chefe do comitê de supervisão na Câmara de Representantes, Elijah Cummings, tinha destacado que o caso do ataque contra o consulado norte-americano na Líbia devia ser investigado a portas abertas.

"Se nossa comissão parlamentar está verdadeiramente interessada em aumentar a segurança das missões diplomáticas, os cidadãos dos Estados Unidos deve ter acesso em primeira mão à investigação", remarcou Cummings.

A delegação diplomática de Washington no norte da Líbia foi atacada por um grupo armado no dia 11 de setembro de 2012. O atentado matou o embaixador J. Christopher Stevens, o oficial de informação Sejam Smith e os ex-militares Tyrone Woods e Glen Doherty.

Em outro artigo de opinião, o colunista conservador Cal Thomas aponta que, para Obama, os escândalos Bengazi e o do Serviço de Impostos Internos (IRS, sigla em inglês) já soam muito parecido a um Watergate.

"E o secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, começa a usar os mesmos argumentos e explicações que Ronald Zeigler, o porta-voz de Richard Nixon", comparou Thomas no jornal Chicago Tribune.

Fonte: Prensa Latina