50 anos de União Africana: Dilma viaja à Etiópia para comemoração

A presidenta Dilma Rousseff viaja nesta quinta-feira (23) a Addis Abeba, capital da Etiópia, para participar como convidada da cimeira da União Africana (UA). A organização celebra neste domingo (25) o seu 50º aniversário de fundação, desde que ainda era a Organização da Unidade Africana (OUA), com base nos ideais do pan-africanismo.

50 anos de pan-africanismo - União Africana

A presidenta viaja à frente de uma comitiva integrada pelo chanceler Antônio Patriota, o ministro da Educação Aloizio Mercadante e um grupo de empresários.

Antes da sua participação como convidada na cimeira, Dilma será recebida pelo primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, que mostrou interesse pelos programas de desenvolvimento agrícola, de geração de emprego e educativos implementados pelo governo brasileiro.

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Segundo fontes oficiais, os avanços sociais associados com o crescimento econômico fazem com que o Brasil seja um dos convidados para a comemoração à fundação da União Africana, que aconteceu em 25 de maio de 1963, com o impulso de importantes personalidades, como Kwame Nkrumah (Gana) e Gamal Abdel Nasser (Egito).

Com esta viagem, Dilma empreende a sua quarta visita apenas em 2013 a um país africano, pois em fevereiro assistiu à 3ª Cimeira América do Sul – África, em Malabo, capital da Guiné Equatorial, desde onde partiu à Nigéria, e em março foi a uma reunião do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), celebrada em Durban, na África do Sul.

A aproximação do Brasil e da América do Sul à África tem sido uma ideia defendida desde o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inserida na chamada “Cooperação Sul-Sul”, com alternativas à predominância das relações com os EUA ou a Europa.

Aproximação Brasil – África

Da América Latina, o Brasil é o país que possui o maior número de embaixadas na África, com 37 delas. Entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, apenas a China, os EUA e a Rússia têm mais representação que os brasileiros no continente africano.

O governo brasileiro presta especial atenção às relações com nações da África, onde cresceu o comércio e a cooperação bilateral e multilateral com vários países e organismos, nas esferas educativa, agrícola, de ciência e tecnologia, de comunicações e transportes.

O ministro de Relações Exteriores Antônio Patriota participou nesta quarta-feira (22), em Brasília, do seminário "As Relações do Brasil com a África – a Nova Fronteira do Capitalismo Global", na sede da Confederação Nacional da Indústria. O evento foi encerrado pelo ex-presidente Lula, que continua desenvolvendo projetos relacionados à África no âmbito do Instituto Lula.

Lula citou o Programa para Desenvolvimento da Infraestrutura da África, criado pela União Africana, e disse que "do ponto de vista da organização e criação de instituições, o continente está mais evoluído do que a América Latina". O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também participou do seminário.

Com agências,
da redação do Vermelho