Investigada venda irregular do Minha Casa, Minha Vida

Uma área do governo federal no Riacho Fundo 2 é alvo da cobiça de cooperativas e associações habitacionais.

Em um jogo de cartas marcadas, cujo objetivo é beneficiar quem paga indevidamente por um lote financiado com dinheiro público, golpistas cobram alto em nome do sonho da casa própria.

No empreendimento 4ª Etapa do bairro, onde 5.904 unidades habitacionais são construídas por meio de convênio entre a União e o GDF, há quem cobre de R$ 15 mil a R$ 20 mil como “entrada” para garantir um imóvel que deveria ser popular. Esse dinheiro acaba rateado pelos estelionatários. A Controladoria-Geral da União já tem conhecimento do esquema e investiga a atuação dos criminosos.

O esquema envolve pelo menos 50 pessoas ligadas a cooperativas do Riacho Fundo e de Samambaia. As construções são financiadas pela Caixa Econômica Federal por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. Mas é o GDF que tem a obrigação de monitorar a atuação das associações habitacionais.

O projeto deveria beneficiar pessoas de baixa renda, indicadas pelas associações. Como as entidades ligadas a movimentos sociais têm liberdade para indicar os próprios afiliados, qualquer pessoa pode ser encaixada por meio de documentos fraudulentos para furar a fila.