De olho na indústria maranhense, uma agenda essencial

 

Fiema
Com o anúncio do decréscimo na oferta de empregos no Maranhão e a extrema dependência em relação ao governo federal, faz-se necessário um debate em torno das alternativas de crescimento que mudem a realidade do estado.

Em passagem pelos municípios de Carutapera e Amapá do Maranhão na última sexta-feira (31 de maio), as lideranças políticas do movimento Diálogos pelo Maranhão ouviram da comunidade que a região possui um forte potencial para a produção agrícola, principalmente da juçara.

Cândido Cavalcante, representante da Embrapa em Carutapera, relatou a falta de incentivo ao pequeno agricultor na região de Carutapera: “Desde que a população fundou a Associação de Produtores de Açaí, que foi em 2004, apesar de se fortalecer ano após ano, nada foi feito para fazer com que a produção de açaí entre em expansão. Continuamos isolados do resto do Maranhão”, destacou

Como vem ocorrendo em todas as cidades por onde o movimento tem passado para discutir projetos para o Maranhão, a população se queixa da falta de incentivos e da ausência do estado na produção de uma política industrial que valorize a produção local.

Pouco antes do Encontro em Carutapera – no último dia 28 de maio – o presidente da Embratur e líder do movimento Diálogos Pelo Maranhão, Flávio Dino, esteve reunido em Brasília com o Presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves. O presidente da Fiema convidou Flávio Dino para participar da posse da nova diretoria da Federação das Indústrias do Maranhão, que ocorrerá no próximo dia 20 de junho.

O encontro com produtores de Carutapera e com o presidente da Fiema, tem em comum o profundo interesse que Flávio Dino vem demonstrado em relação a criação de uma política industrial que valorize a produção maranhense. Para Flávio, a saída é fazer com que o Maranhão volte a ser produtor e não meramente exportador. “O Maranhão precisa de uma politica industrial que aproveite as vocações da economia real, na agricultura, pecuária, pesca, extrativismo, voltar a produzir alimentos. Em 2012, houve menos produção de arroz, feijão e mandioca. Não produzimos frutas”.

Fonte: Maranhão Da Gente