Educação precisa de estrutura e condições adequadas

 

Diálogos extremo norte
O final de semana dos Diálogos pelo Maranhão foi de intensa movimentação pelo estado. Lideranças sociais dos municípios de Amapá do Maranhão, Carutapera, Zé Doca, Amarante e Buritirana se movimentaram para discutir soluções para os problemas do Maranhão.

Reclamação recorrente nas cidades por onde a caravana liderada por Flávio Dino tem passado, a estrutura das escolas do Maranhão é observada como entrave ao desenvolvimento humano nos 217 municípios do estado.

Para Flávio Dino, o problema estrutural da Educação deve ser enfrentado como fator de geração de oportunidades para a população no mercado de trabalho e desenvolvimento do estado. A ampliação da rede pública de Ensino Médio e regionalização da Universidade Federal do Maranhão seriam os dois principais focos de atuação:

“É preciso dar mais acesso aos maranhenses à educação pública e de qualidade. Ampliar o fornecimento do Ensino Superior, por exemplo, é fundamental. E isso não quer dizer somente fazer pólos da UEMA em algumas cidades. É preciso realmente regionalizar o ensino superior. Hoje, mais de 96% da população maranhense não tem diploma de 3º grau. Precisamos reverter esse quadro,” destacou Flávio.

Educação: formação e estrutura

Gildeone Rodrigues, presidente do Colegiado de Estudantes de Carutapera, denunciou a grave situação das escolas de Ensino Médio gerenciadas pelo governo do estado na cidade. “Quando chove em nossas salas de aula, é quase preciso abrir uma sombrinha. Não tem telhado decente,” afirmou.

A estrutura das escolas e o oferecimento de condições de trabalho e formação adequada aos professores são os passos que devem ser dados para reverter os índices educacionais no Maranhão. Na última avaliação do Enem, cinco entre as 10 escolas com menor rendimento do país faziam parte da rede estadual de ensino do Maranhão.

Presente nas reuniões, o deputado Bira do Pindaré (PT) lembrou que a maior greve dos professores de todos os estados em 2013 ocorreu no Maranhão. “Foi prometida uma revolução na educação. Mas quem precisou fazer duas revoluções foram os professores, que fizeram duas greves para aprovar o Estatuto dos Educadores,” disse.

Fonte: Diálogos pelo Maranhão