SP será a cidade que mais crescerá em competitividade até 2025
O prefeito Fernando Haddad comentou nesta terça-feira (4) que São Paulo será a cidade que mais irá incrementar seu potencial de competitividade no mundo nos próximos 12 anos, de acordo com o estudo Hotspots 2025, da Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de pesquisas do grupo inglês The Economist.
Publicado 05/06/2013 11:45

"São Paulo não será só a mais bem posicionada entre todas as cidades latinoamericanas, mas também aquela que mais crescerá no que diz respeito à competitividade", disse. De acordo com o relatório, a metrópole ganhará 25 posições e ocupará o 36º lugar. Nova York, que hoje é a segunda cidade mais competitiva, deve assumir a liderança em 2025. Singapura, por sua vez, deve cair da primeira para a terceira posição.
Haddad falou sobre o assunto na abertura do New Cities Summit, evento dedicado ao futuro do mundo urbano, organizado pela New Cities Foundation. O encontro, que prevê a reunião de mais de 700 pessoas de 37 países, ocorre até dia 6 de junho, no Parque do Ibirapuera.
Durante o seminário, 93 palestrantes de diversas partes do mundo discutirão temas comuns às grandes cidades, tais como mobilidade e segurança urbana e sustentabilidade. O evento tem o objetivo de demonstrar, compartilhar e divulgar as melhores ideias sobre a cidade do futuro, além de soluções concretas e escalonáveis que possam ser adotadas e replicadas no mundo todo após o evento.
"A população urbana mundial está crescendo a uma taxa de 1 milhão de pessoas por semana. Até 2030, mais de 5 bilhões de pessoas, o que representará cerca de 65% da população mundial, estará vivendo em cidades", afirmou John Rossant, presidente da New Cities Foundation. "O contexto econômico que vivemos é hoje uma forte preocupação da Europa, mas também aqui no Brasil. Neste encontro temos representantes de São Paulo, Porto Alegre, Rotterdam, Dallas – cidades que cresceram, criaram empregos e promoveram inovação. Queremos ter a certeza de que essas cidades continuem crescendo economicamente e que isso traga possibilidades para todos. Para isso, é preciso parcerias de todos os setores", disse Rossant.
Durante sua palestra, o prefeito Fernando Haddad chamou atenção para os alicerces que sustentam as economias das grandes cidades. "Hoje a economia está ancorada em duas variáveis muito importantes: a produção cultural e a produção científica e tecnológica aplicada ao processo produtivo e à resolução de problemas. Essas duas variáveis, por sua vez, estão fortemente fundidas em uma terceira, que é a razão de ser das cidades, o intercâmbio entre pessoas", afirmou Haddad.
Em meio a esse contexto, o prefeito afirmou que um dos maiores desafios de São Paulo é justamente proporcionar tempo para que os cidadãos possam melhor aproveitá-lo e interagir face a face.
"Nós temos muitos empreendimentos, sedes das principais empresas do mundo e a principal universidade da América Latina. Agora precisamos traduzir isso em qualidade de vida para os cidadãos comuns, sobretudo para os menos favorecidos. O Plano Diretor, a Lei de Uso e Ocupação do Solo e as operações urbanas vão propiciar justamente isso. Por esta razão é tão importante o debate sobre desenvolvimento urbano que está sendo travado este ano", afirmou, referindo-se à revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE).
O New Cities Summit é aberto apenas a convidados. Entre os seus participantes, estão representantes de negócios, do terceiro setor e governamentais, além de acadêmicos e líderes e pensadores urbanos.
Hotspots 2025
O estudo realizado pela Economist Intelligence Unit se dá pelo exame de 32 indicadores de cada cidade para avaliar a capacidade futura de atração de capital, negócios, talentos e turistas. Força econômica, capital físico e humano, maturidade financeira, caráter institucional, social e cultural, apelo global e riscos ambientais estão entre os critérios avaliados pela pesquisa.
O estudo foi apresentado na íntegra ao público do New Cities Summit, na tarde desta terça (4), com a presença do secretário municipal de Finanças, Marcos Cruz e o presidente da recém criada Agência São Paulo de Negócios, Wilson Poit, além de diretores do Citi e EIU.
“A Agência se sente bastante desafiada com o resultado dessa pesquisa e pronta para fazer um plano de ação para tornar os apontamentos, realidade”, disse Poit. “Assim como falou o prefeito, essa é hora do Brasil e essa é a hora de São Paulo”, concluiu.
A pesquisa aponta que São Paulo, na 36ª posição, estará bem a frente de outras cidades da América Latina, entre as mais competitivas em 2025. Santiago do Chile, na 60ª colocação e cidade do Panamá, em 65º lugar, serão as melhores colocadas na região.
“O resultado da pesquisa mostra que esse é o grande momento, a grande oportunidade e grande desafio para a cidade de São Paulo”, disse o secretário de finanças, que afirma que a cidade já tem potencial, mas segue investindo em infra-estrutura, educação, capacitação e simplificação para empreendedores para superar as expectativas. “A força econômica da cidade é indiscutível”, afirmou.
Fonte: Portal da Prefeitura de São Paulo