Baianas venderão acarajé na Fonte Nova em megaeventos esportivos 

O acarajé, produto típico da Bahia, será comercializado no interior da Arena Fonte Nova, durante os megaeventos da Copa das Confederações este mês e Copa do Mundo de 2016. A apresentação do projeto de comercialização do produto, na última sexta-feira (7) põe fim à polêmica sobre a venda do produto nos megaeventos esportivos.

Baianas venderão acarajé na Fonte Nova em megaeventos esportivos

No ano passado, a Fifa anunciou a liberação da venda do no estádio, mas determinou que a "comida típica" deveria ser produzida por empresa internacional, o que gerou uma grande mobilização na Bahia para derrubar a determinação 

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) argumentou que seria inadmissível que uma iguaria que “representa a identidade baiana” não fosse oferecida no estádio soteropolitano. “Dizem que arena é para romanos, mas na Bahia, é para baianos”, brincou.

Segundo o secretário estadual para assuntos da Copa da Bahia, Ney Campello, "elas ficarão em quiosques no chamado ‘comercial display', uma área acima do edifício-garagem que também terá estandes e venda de souvenires", afirmou Campello, que também destacou o papel decisivo das baianas de acarajé para afirmação da iguaria afro-baiana durante os megaeventos na Arena Fonte Nova.

Tabuleiro da baiana

O espaço destinado às baianas será isolado por vidro e funcionará com fogão elétrico para evitar acidentes. Seis baianas poderão montar os seus tabuleiros em dois quiosques que ocuparão um espaço de 75 metros quadrados. Em um quiosque de 50 metros, ficarão quatro baianas, em outro, de 25 metros, as outras duas. O quitute baiano foi tabelado a R$8 (com camarão) e R$6 (sem camarão).

O local somente será acessível a torcedores que tenham ingresso e aproximadamente 70% dos torcedores que circularão pela arena passam pelo local.

Segundo o secretário do Escritório Municipal para Copa (Ecopa), Isaac Edington, a Prefeitura de Salvador está em estágio avançado de negociações com a Fifa para a liberação do comércio de ambulantes nos arredores do estádio em dias de jogos. Com isso, é possível que mais baianas possam vir a montar seus tabuleiros no entorno da Arena Fonte Nova.

O final da polêmica era esperado com grande expectativa pelas baianas de acarajé de Salvador, que chegaram a fazer um protesto no dia da inauguração da Arena Fonte Nova, em abril, quando entregaram à presidenta Dilma Rousseff uma carta em que pediam a sua intervenção. Na última quarta-feira (5), a Fifa anunciou a liberação da venda do quitute no interior da arena.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Alice Portugal