China e Rússia iniciam treinamentos de cooperação securitária

No treinamento de 10 dias realizados na capital Pequim, sob o nome de Cooperação 2013, participam 46 integrantes do “Comando Leopardo Nevado”, uma força de elite contra o terrorismo da PPA, e 29 membros de uma unidade russa especializada em segurança doméstica.

Unidades de ambos os países haviam realizado um exercício anti-terrorista em 2007, mas o treinamento atual constitui o primeiro convite da PPA a forças estrangeiras para participar desses exercícios em território da China.

Em abril, o conselheiro de Estado chinês Guo Shengkun visitou a Rússia para um encontro com secretário do Conselho de Segurança russo Nikolai Patrushev, quando ambos se comprometeram a aprofundar a cooperação securitária bilateral. Guo disse, na altura, que “os dois parceiros deveriam aprofundar a cooperação nos campos de anti-terrorismo, controle de narcóticos, no combate aos crimes transnacionais e cibernéticos”, de acordo com o jornal China Daily.

Já em maio, o mais alto assessor político da China, Yu Zhengsheng, encontrou-se com Mikhail Babich, um representante presidencial da Rússia, quando ambos também ressaltaram o comprometimento com um impulso à cooperação “região-a-região” entre os dois países.

“A cooperação região-a-região é uma área chave da cooperação prática entre a China e a Rússia”, disse Yu durante o encontro, segundo a agência de notícias Xinhua. “O lançamento da cooperação apoiará o desempenho de vantagens mutuamente complementares e nos ajudará a alcançar uma reciprocidade em que os dois lados ganham”, completou.

Além disso, o presidente da China Xi Jinping encontrou-se com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, neste sábado (8). Foi o primeiro encontro entre os presidentes, marcado por um clima cordial e declarações sobre um "novo modelo" de cooperação entre as duas maiores economias globais.

Xi havia afirmado em março a importância de uma cooperação econômica e de política internacional mais próxima com a Rússia, já que "os dois países têm objetivos convergentes" comerciais e o "sonho de um reviver nacional" enquanto buscam contrabalançar a influência do Ocidente.

O presidente chinês havia dito que a cooperação entre a China e a Rússia garantiria um "equilíbrio estratégico e a paz" no mundo. Já Obama afirmou, no encontro com Xi, que a construção de uma boa relação entre os dois líderes é importante não apenas para seus respectivos países, mas para "todo o mundo".

Com agências,
da redação do Vermelho.