Câmara aprova recursos para Plano de Mobilidade Urbana

Em duas reuniões extraordinárias realizadas na quarta-feira (12/06), o Plenário da Câmara Municipal de Campinas aprovou projeto que autoriza o Executivo a contratar operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para execução de um programa de mobilidade urbana no valor de R$ 444 milhões.

brt - Assessoria de Imprensa da Emdec

O primeiro item do programa prevê a consolidação do projeto básico e elaboração do projeto executivo dos corredores Campo Grande e Ouro Verde para a instalação do BRT (Bus Rapid Transit) e para qual serão destinados R$ 197 milhões.

As obras de construção dos corredores de ônibus exclusivos do Sistema BRT integram o Plano Municipal de Mobilidade, que vai consumir R$ 340 milhões. Deste total, R$ 98 milhões serão liberados pelo governo federal, dentro do PAC da Mobilidade; os R$ 197 milhões da CEF e mais R$ 45 milhões em contrapartidas da própria prefeitura. As obras devem começar em fevereiro de 2014 e a expectativa é que estejam concluídas no primeiro semestre de 2016.

O Sistema BRT vai operar com ônibus articulados e biarticulados e haverá interligação entre os corredores. Além disso, estão previstas as reformas do Terminal Ouro Verde e do Viaduto Miguel Vicente Cury. No Ouro Verde serão 14,4 km de corredor exclusivo à esquerda, saindo do Terminal Central (viaduto Miguel Vicente Cury), seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez e Camucim até o Terminal Vida Nova.

Também haverá a reforma do Vicente Cury, com a implantação de mais uma faixa de rolamento em cada sentido, na ligação com a Avenida João Jorge; reforma dos terminais Central, Ouro Verde e Vida Nova; e implantação de estações de transferência ao longo do trecho.

Já o Corredor Campo Grande terá 17,8 km de extensão, saindo do Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí. As obras contemplam a construção de um terminal ao lado do Terminal Multimodal e a implantação de estações de transferência ao longo da Avenida John Boyd Dunlop.

A estimativa é de que em 2014 os dois corredores, Ouro Verde e Campo Grande, transportem juntos cerca de 30 mil passageiros/hora nos períodos de pico.

Também está definido no Plano, uma ligação entre os dois corredores, com 4 km de extensão, ligando Vila Aurocan até o Campos Elíseos, além de transposições por meio de túneis ou viadutos em trechos da John Boyd Dunlop e nas avenidas Transamazônica, Piracicaba, Ruy Rodrigues. De acordo com o secretário de Transportes, Sérgio Benassi, algumas dessas intervenções vão exigir desapropriações de áreas.

Segundo o secretário, R$ 125 milhões já foram liberados para a primeira fase da obra – que terá início a partir do corredor Campo Grande. Numa segunda fase, serão feitos o corredor Ouro Verde e a interligação.

AS LINHAS
 

De acordo com Benassi, os corredores serão construídos em concreto, para evitar desgastes e vão funcionar com quatro linhas diferentes. A primeira delas será a Linha Expressa – que vai ligar o Terminal ao Centro, sem nenhuma parada, em apenas 35 minutos. A segunda será a Semi-Expressa – que terá de quatro a cinco paradas e que levará entre 40 e 45 minutos para cobrir o trajeto do Terminal ao Centro. Haverá ainda as chamadas Linhas Paradoras – que terão parada em todas as 19 estações previstas ao longo dos corredores e as Linhas Intersetoriais – que farão as ligações entre os corredores e outros pontos da cidade.

“Só os ônibus vão passar nos corredores. Não será permitido o tráfego de carros, táxis, peruas do sistema alternativo e nem moto”, avisou o secretário. De acordo com ele, no corredor haverá possibilidade de ultrapassagens e, por conta disso, o risco de ocorrência de formação de comboios entre os ônibus é nula.

De Campinas, com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal