Primeiro vice-presidente de Cuba inicia visita oficial a China

Altos dirigentes de Cuba e da China reiteraram nesta segunda-feira (17) o excelente nível das relações políticas, econômicas e sociais entre ambos os Estados e sua intenção de dar seguimento ao aprofundamento desses vínculos em nível de Governo, Partidos Comunistas e povos.

Esse foi o critério compartilhado pelo primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, membro do Escritório Político do Partido Comunista de Cuba, e seu anfitrião, o vice-presidente Li Yuanchao, que integra o Escritório Político do Partido Comunista da China.

Díaz-Canel começou hoje na China uma turnê asiática que inclui o Vietnã e Laos, e foi recebido com uma cerimônia de boas-vindas no Grande Palácio do Povo em frente à praça Tian'anmen, no coração de Pequim.

Acompanhado de Li, o dirigente cubano vistoriou as tropas depois de escutar os hinos nacionais dos dois países, e posteriormente ambos se encaminharam a um dos salões do Palácio para iniciar as conversas oficiais à frente de suas respectivas delegações.

Durante este encontro, de acordo com fontes oficiais, Díaz-Canel disse que estes intercâmbios confirmam o alto nível de coincidências das duas nações.

O primeiro vice-presidente expressou a admiração cubana pela China, que considera referência para o lucro de seus objetivos, tendo em conta as particularidades de cada país.

Um aspecto abordado foi o avanço da cooperação deste país asiático com a região da América Latina e do Caribe e o papel de Cuba como elemento que os acolhe com simpatia e os avalia na atualidade como presidente pro-tempore da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac).

Díaz-Canel destacou o intercâmbio de especialistas mútuos sobre a construção socialista em ambos os países e o interesse de Havana de manter e priorizá-los.

Por sua vez, Li disse que as relações entre Cuba e China são exemplo dos vínculos que devem existir entre países em via de desenvolvimento.

O vice-presidente da China lembrou sua visita a Cuba em dezembro do passado ano como enviado especial do presidente Xi Jinping e as entrevistas sustentadas com o presidente Raúl Castro e outros dirigentes, e valorizou altamente a detalhada explicação oferecida por Díaz-Canel sobre o processo de atualização econômica e social em seu país.

Em seus intercâmbios, Cuba reiterou seu apoio à política apenas uma China e sua rejeição à ingerência em assuntos internos e soberanos desta nação, como são os casos de Taiwan e Tibete, e agradeceu o respaldo do governo de Pequim às condenações ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra seu país por mais de meio século.

Ao termo das conversas, Li e Díaz-Canel assistiram à assinatura de três acordos, um deles um donativo, outro um crédito livre de interesses e o último um acordo de crédito destinado à aquisição de maquinarias e equipamento para a agricultura cubana.

Os convênios foram subscritos pelo embaixador de Cuba na China, Alberto Blanco, e pelo vice-ministro de Comércio, Wang Chao, e o presidente do Eximbank, Li Ruogu.

Díaz-Canel, que tem previstas na terça-feira entrevistas com o presidente Xi Jinping e o primeiro ministro Li Kegiang, entre outras atividades, está acompanhado por Leonardo Andollo, segundo chefe da Comissão Permanente para a Implementação e Desenvolvimento, e o vice-chanceler Rogelio Sierra Díaz.

Fonte: Prensa Latina