China, Rússia e Cuba repudiam EUA sobre tráfico humano

A China, a Rússia e Cuba repudiaram o relatório feito pelo governo dos Estados Unidos que acusa o governo desses países de fazer pouco para lutar contra o tráfico de pessoas.

A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, criticou nesta quinta-feira (20) em sua coletiva de imprensa semanal, o ponto de vista estadunidense, por estar longe da realidade e sustentou que Washington "deveria adotar uma visão objetiva e imparcial em relação aos esforços da China" de combater o tráfico humano.

Chunying também insistiu em que os Estados Unidos deveriam deixar de emitir "juízos unilaterais e arbitrários" sobre a China, já que o governo chinês sempre deu muita importância à luta contra os crimes de tráfico humano.

Ao mesmo tempo, o representante para os Direitos Humanos da chancelaria russa, Konstantin Dolgov, afirmou em um comunicado que “lamentavelmente, no lugar de uma revisão profunda e objetiva de porquê o tráfico de pessoas aumenta, inclusive no território dos Estados Unidos, os autores (estadunidenses) do relatório usam uma metodologia inaceitável, classificando os governos com base na simpatia ou antipatia politica determinada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

"Os Estados Unidos não têm moral alguma para pretender denunciar Cuba, quando o próprio governo americano foi obrigado a admitir que é um país de origem, trânsito e destino de homens, mulheres e crianças, estadunidenses e estrangeiros, sujeitos a trabalho forçado, escravidão e tráfico sexual", enfatizou Josefina Vidal, diretora da divisão Estados Unidos da Chancelaria cubana.

A polêmica aconteceu depois que o Departamento de Estados dos EUA emitiu o "Relatório sobre Tráfico de Pessoas – 2012", acusando vinte países de todo o mundo, por não tomarem medidas necessários para lutar contra o problema da "escravidão moderna".

China, Rússia e Uzbequistão foram os países que os Estados Unidos somaram este ano à tal lista.

Fonte: HispanTV