Mais manifestantes são detidos na Turquia em meio a protestos

Em uma nova jornada de manifestações, nesta terça-feira (18), 25 pessoas foram detidas em Ancara, a capital da Turquia, e outras 13 em na cidade no noroeste, Eskişehir, além de “muitas” outras em Istambul, em meio a uma dura repressão policial, de acordo com informações da emissora estatal turca TRT.

Turquia - CNN

A fonte policial informou que, de momento, só os organizadores dos protestos serão enviados a interrogatórios; entretanto, negou-se a proporcionar maior informação sobre o destino que espera os outros detidos.

Nesta segunda (17) à tarde, a polícia deteve vários manifestantes que permaneceram de pé e quietos, por horas, na emblemática Praça Taksim, em Istambul, uma nova forma de expressar o seu protesto contra o governo do primeiro-ministro Recep Tayip Erdogan.

Em linha com as repressões, o ministro turco da Justiça anunciou nesta terça (18) que pretende restringir as redes sociais, depois de o governo de Ancara qualificá-las “mais perigosas que um carro-bomba”.

Depois de afirmar que esses protestos são convocados pela internet, as autoridades asseguraram que as implementações internacionais “em torno deste assunto estão sendo investigadas”, assim aponta o diário turco 'Hurriyet'.

No mesmo contexto, o ministro do Interior, Muammer Guler, anunciou nesta segunda (17) que várias pessoas foram detidas na Esmirna, em resposta ao que descreveu como tuítes “provocadores”.

Na segunda, o vice-primeiro-ministro turco, Bulent Arinc, advertiu que a Polícia empregará “todo o seu esforço” para por fim às protestas e assegurou que implicaria o Exército “se for necessário”. Cabe recordar que, uma medida irônica, Arinc desculpou-se, em 4 de junho, pelas brutalidades que sofreram a nação turca.

Há algumas semanas a Turquia é cenário de protestos contra Erdogan, reprimidas com extrema violência pela polícia.

Fonte: HispanTV
Tradução da redação do Vermelho