UNE convoca para esta quinta manifestação em Brasília

Estudantes fazem manifestação em Brasília nesta quinta-feira (27) para pedir a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Para cumprir essa meta, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional, eles pedem que 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à educação pública.

Segundo a entidade, a manifestação aponta a necessidade de aprofundar as mudanças no país, com o aumento no financiamento da educação e os avanços na democracia. "A UNE avalia que a onda de manifestações brasileiras revela a população em notável exercício da sua cidadania, em um movimento histórico que anseia interferir nos rumos da política brasileira e garantir um futuro melhor para todos", diz a convocatória divulgada pela entidade.

“A manifestação é uma forma de pressionar as autoridades para dar a atenção necessária à educação e aos temas da juventude. Enquanto houver a imensa defasagem na qualidade da educação pública do país, professores mal pagos, infraestrutura precária e outros desafios, não resolveremos problemas históricos do Brasil. É inadmissível que o Plano Nacional de Educação esteja há mais de dois anos e meio no Congresso sem perspectiva de aprovação imediata. Diante das mobilizações não existe momento mais ideal para debater educação”, explica a presidenta da entidade, Vic Barros.

“Brasil, mostra a tua cara: #VemPraRua lutar pela educação brasileira!” é o lema do manifesto aprovado pela UNE na última reunião de sua diretoria executiva, nesse final de semana. O manifesto aponta a necessidade de aprofundar as mudanças no país, como o aumento no financiamento da educação e os avanços na democracia.

“A UNE e a UBES estão nessa desde o começo. Acreditamos que é chegada a hora de conquistar mais vitórias. Vamos seguir pelo Brasil conectados aos sonhos da juventude e das e dos trabalhadores e barrando qualquer tipo de retrocesso ou tentativa conservadora de manipular as vozes que entoam causas justas. Essas vozes refletem de forma legítima os limites da política institucional de dialogar com a sociedade e as contradições dos próprios governos, que devem estar exclusivamente voltados para os interesses populares”, diz um trecho do manifesto.

Outras pautas também serão defendidas: o passe livre estudantil, mais acessibilidade, qualidade e eficiência no transporte público, uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas eleitorais, a não aprovação do projeto da "cura gay", a saída do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, e a democratização dos meios de comunicação.

Com informações da Agência Brasil e Portal UNE