O Equador não se submeterá a pressões, adverte Correa

O Equador não aceitará pressões de ninguém, nem ameaças, nem claudicará em seus princípios, advertiu nesta quinta (27) o presidente Rafael Correa ao responder a declarações dos Estados Unidos pela solicitação de asilo do ex-agente da CIA Edward Snowden.

Rafael Correa - Prensa Latina

Ao falar na província de Los Rios, onde inaugurou um projeto hidrelétrico, o mandatário recordou que o Equador é um dos sete países que assinaram todos os tratados sobre direitos humanos e pediu aos Estados Unidos para assiná-los a firmarlos.

"O Equador não se considera moralmente superior a nenhuma nação do mundo, mas tampouco vamos aceitar cínicas posições cheias de dupla moral que não têm como fundamento nem a razão nem a verdade, mas somente a força e o poder”, acrescentou sino solo la fuerza y el poder", afirmou.

Correa criticou a dupla moral dos Estados Unidos ao permitir em seu território o refúgio de cidadãos fugitivos da justiça equatoriana, "particularmente os banqueiros corruptos que quebraram o país em año 1999, e cuja extradição foi reiteradamente negada".

Comentou que ficaria encantado se com a mesma urgência que exigem entregar o senhor Snowden caso entre em solo equatoriano, tivessem entregado muitos fugitivos da justiça equatoriana refugiados nos Estados Unidos.

"A ordem mundial não só é injusta, como também imoral, mas algum dia, mais cedo do que se imagina, até as pedras gritarão. Sabemos que com seu poder podem nos destruir, e nossas elites nos tornaram ainda mais vulneráveis ao adotar de forma entreguista a moeda dos Estados Unidos", afirmou.

"Não me peçam que claudique em meus princípios e cale diante de tanta hipocrisia", enfatizou Correa, depois de denunciar que o Equador rechaça a campanha de desinformação coma qual pretendem lavar suas consciências desqualificando os demais.

Enfatizou que agora parece que o substancial é quem agarra Snowden e não o terrível caso de espionagem em massa nacional e internacional realizado pelo governo dos Estados Unidos e denunciado pelo ex-agente.

Prensa Latina