“O que o povo quer é aumento zero”, defende Lucimara

“Ontem, um pouco antes da votação da majoração de pouco mais de 4% da tarifa, falavamos da insatisfaçao das pessoas para esse valor de R$ 2,35. Esse não era o pleito das ruas, mas a revogação do aumento. O que o povo quer é aumento zero”, disse Lucimara.

O 2o Ato Acorda Aracaju contou com a participação de aproximadamente 10 mil manifestantes, segundo dados da Polícia Militar. Os organizadores do evento, integrantes do Movimento Não Pago (MNP), não consideram que houve uma redução do valor da tarifa e, sim, uma majoração de R$ 2,25 para R$ 2,35. De acordo com a planilha alternativa, elaborada e analisada por economistas e professores, o valor da redução corresponde apenas à redução obrigatória anunciada por decreto federal que retirou o PIS e Cofins.

De acordo com a vereadora Lucimara, outros ajustes devem ser feitos para que o cálculo corresponda ao custo real do transporte na capital sergipana. “A planilha foi instituída por lei aprovada aqui na Câmara. Precisamos alterar essa lei porque tenho certeza, pelas análises e estudos que fiz, que quando trouxermos essa planilha para ser reavaliada na Câmara, conseguiremos tafiras menores”, defendeu.

Citando o momento da votação que elevou a tarifa para R$ 2,25, Lucimara relembra que não foi dada à população recursos necessários e, aos vereadores, tempo necessário para a discussão adequada. Para a vereadora, um processo mais claro e transparente deve ser adotado para que a população possa conhecer como se chega ao cálculo da tarifa. “Vamos abrir a planilha para as pessoas. Solicito ao prefeito e aos senhores dessa Casa que abram a planilha e, dessa forma, a possibilidade de real redução da tarifa”, disse.

Pontos de ônibus

Em seu pronunciamento, a vereadora Lucimara também acredita ser uma boa inicitiava o Projeto de Lei 139/2013 enviado à Câmara para implementação de novos abrigos nas paradas de ônibus. No entanto, o projeto precisaria se adequar à legislação vigente. “Em determinados momentos e para determinados serviços, é produtiva a atuação do setor privado. Nesse caso dos abrigos, a construção e manutenção dos abrigos em troca de publicidade nos mesmos é um bom exemplo. Assim como durante o tempo que estive como gestora da Emsurb era facultada à adoação de praças pelo setor privado, também em troca de publicidade”, afirmou.

Lucimara destacou que no projeto apresentado não consta a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) como fiscalizadora de toda e qualquer publicidade feita na capital sergipana. Essa ausência fere à legislação vigente e, por isso, a vereadora votou contra o projeto.