Líderes dos movimentos sociais apresentam reivindicaçôes à Dilma

A presidenta Dilma Rousseff aproveitou a vinda à Bahia, na última quinta-feira (4/7), para se reunir com representantes dos movimentos sociais do estado e receber as demandas de cada categoria. O encontro surpresa aconteceu antes da participação dela no lançamento do Plano Safra para o Semiárido, no Centro de Convenções, em Salvador.

Participaram da reunião, líderes dos movimentos estudantis, dos trabalhadores, dos sem-terra e sem-teto. Entre as entidades representativas, estavam Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União dos Estudantes da Bahia (UEB), Associação Baiana de Estudantes Secundaristas (ABES), Movimento Sem Terra (MST) e União de Moradia Popular, entre outras.

Cada representante apresentou as reivindicações específicas da categoria à Dilma. Segundo dois deles, a presidenta da UEB, Marianna Dias, e o presidente da CTB, Aurino Pedreira, ouvidos pelo Vermelho, a presidenta recebeu as demandas e prometeu agendá-las em seu governo.

Abaixo, seguem os depoimentos dos presidentes da UEB e da CTB, na íntegra:

Aurino Pedreira (CTB)

“Nós conversamos sobre a pauta unificada dos trabalhadores, que já foi encaminhada ao Governo. Nela, estão pedidos de redução da jornada 40h sem redução salário, fim do procedimento de rotatividade e de leilões dos poços da Petrobrás, entre outros. Além disso, reivindicamos mais investimentos saúde e educação.

Defendemos a necessidade de trazer essas questões para o centro das discussões. Dissemos a ela que um novo ciclo se abre no país e seria importante no governo dela que os trabalhadores avançassem nas reivindicações.

A presidenta nos garantiu que iria pautar sim as nossas demandas e pediu que não nos preocupássemos”.

Marianna Dias (UEB)

“Foi uma conversa informal. Primeiro, destaquei comoo me sentia feliz em ter sido eleita a primeira mulher presidenta da UEB e comentei que ela é inspiração para diversas outras mulheres brasileiras.

Falamos sobre as mobilizações da juventude pelo Brasil e sinalizei que é uma hora muito importante para o governo poder avançar nas mudanças. Abordei que a maioria do povo que vai às ruas, são jovens e são estudantes e que, portanto, é mais do que necessário que a educação possa ser tratada como prioridade. Disse que o caráter de urgência da aprovação dos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação é latente.

A presidenta sinalizou concordância com os posicionamentos em relação a educação.

Sinalizei também que a UEB e o Movimento Estudantil organizado acredita que o plebiscito é importante para a Reforma Política referendar a opinião do povo. Ela sinalizou que é importante os movimentos sociais se posicionarem.”

De Salvador,
Erikson Walla