Divisão dos recursos para mobilidade urbana está sendo discutida

O governo federal começa a avaliar como vai ser a divisão dos R$ 50 bilhões para investimentos em obras de mobilidade urbana. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta segunda-feira (8) que o governo quer dar velocidade às obras que já estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de novos serviços que contemplem a melhoria do transporte público.

O montante de R$ 50 bilhões para investimentos em mobilidade urbana foi anunciado pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 24, em resposta à onda de manifestações pelo país e que teve origem na reivindicação do Movimento Passe Livre pela redução da tarifa de ônibus em São Paulo.

Após reunião com o governador de São Paulo, Gerado Alckmin, e o prefeito da capital, Fernando Haddad, a titular da pasta disse que as solicitações dos governos dos estados e municípios seguem a prioridade do governo federal. “Todas as propostas apresentadas estão em linha com preocupação do governo de priorizar o transporte coletivo de massa”, disse.

As demandas de São Paulo somaram R$ 17,3 bilhões. Segundo Alckmin, as obras do estado contemplam melhorias no metrô, trens e construção de corredores, orçadas em R$ 10,8 bilhões. Já o pedido da prefeitura para a construção de corredor, com 150 quilômetros de extensão, ficou no valor de R$ 6,5 bilhões.

Questionada por jornalistas, a ministra do Planejamento não respondeu de onde virão os recursos anunciados para mobilidade urbana e também não antecipou o corte do Orçamento, previsto para ocorrer esta semana. Segundo ela, o anúncio da divisão dos recursos devem ocorrer nas próximas semanas.

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, enfatizou que o foco do governo para liberação de recursos dos estados são obras em transporte público. “O primeiro critério que será levado em consideração é a alta capacidade de transporte. A partir daí, vamos fazer novas reuniões para então decidirmos os recursos”, comentou.

Fonte: Agência Brasil