SP, RJ e BA receberão R$ 50 bi para iniciar obras de mobilidade

O governo federal recebeu nesta segunda-feira (8) os governadores e prefeitos das capitais de São Paulo, Rio e Bahia para discutir a distribuição de R$ 50 bilhões em investimentos em mobilidade urbana. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que os projetos ainda serão analisados.

De acordo com a ministra do Planejamento, o governo já tem agendado reunião com os governadores e prefeitos das capitais de Minas, do Paraná, do Ceará, de Pernambuco e do Rio Grande do Sul.

O governo federal decidiu que os projetos deveriam ser discutidos diretamente pelos governadores e prefeitos, dispensando a apresentação de técnicos. O anúncio dos repasses será feito pela presidente Dilma Rousseff, que perdeu pontos nas pesquisas de popularidade após a onda de protestos que levou milhares de pessoas às ruas das principais cidades.

Para o Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) pediram R$ 4,3 bilhões. A Bahia o governador Jaques Wagner (PT) e o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), solicitaram de R$ 5 bilhões à ministra.

O Governo do estado de São Paulo pediu R$ 10,8 bilhões para prolongar três linhas (2-Verde e 5-Lilás de metrô e 9-Esmeralda de trem), reformar 30 estações de trem e criar dois corredores de ônibus do ABC a Guarulhos e de Campinas a Sumaré.

Já o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, voltou a pedir, como fez em um encontro na semana passada com a ministra, verba para construir 150 km de corredores de ônibus. "Todos esses projetos são de transporte de alta capacidade e qualidade", disse Alckmin, que terá de esperar pelo menos duas semanas para saber quais projetos serão atendidos.

"As propostas apresentadas pelo Estado e pela Prefeitura (de São Paulo) estão em linha com a preocupação do governo em priorizar o transporte coletivo de massa, como metrôs, corredores, BRTs (bus rapid transit, um tipo de corredor para coletivos)", disse a ministra Míriam Belchior. "Ninguém trouxe aqui avenida para carros."

Com informações do jornal Estado de S. Paulo