Grileiro preso em Taguatinga
Um falso corretor foi preso nesta segunda-feira, depois de ser flagrado por agentes da Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) em meio à negociação de lotes em área pública no Assentamento 26 de Setembro, em Taguatinga.
Publicado 09/07/2013 09:18 | Editado 04/03/2020 16:39
A renda total pela venda dos terrenos chegaria a R$ 4,6 milhões.
No momento do flagrante o falso corretor C.L.M., 37 anos, tentava ludibriar um possível comprador dos lotes com documentos falsos e a promessa de uma futura regularização, que não está prevista para o setor.
De acordo com o secretário de Ordem Pública e Social, José Grijalma Farias, o episódio foi uma surpresa, uma vez que os agentes estavam no local fazendo fiscalização de rotina e acabaram identificando um grileiro. "Esperamos agora frear o avanço dos loteamentos ilegais no setor”, espera o secretário.
O suspeito foi levado à Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e será autuado pelo crime de parcelamento irregular do solo. O delegado-chefe da Dema, Ivan Dantas explica a punição que o suspeito deve pegar. “Em caso de condenação ele poderá ficar até cinco anos preso, além de ter que pagar multa que varia entre 10 e 100 salários mínimos”, afirma.
O loteamento
O terreno pertence à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e tem pouco mais de cinco hectares. No local não há construções erguidas, mas segundo os documentos apreendidos com o suposto grileiro estava prevista a divisão da área em 115 frações. Cada uma teria 400 metros quadrados e custaria R$ 40 mil.
Quatro lotes foram oferecidos pelo falso corretor no momento do flagrante. O suspeito afirmou em depoimento que pelo menos 101 lotes teriam sido vendidos.
“Essas pessoas que compraram, infelizmente, ficarão no prejuízo. Este governo veio para regularizar tudo o que for possível, mas vai ser intolerante com qualquer nova ocupação ilegal”, avisa o secretário Farias.
Estatísticas
Esta é a quarta prisão do ano pelo crime de grilagem de terras no Assentamento 26 de Setembro.
Em 2013, o Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo conseguiu prender 28 pessoas pelo mesmo tipo de crime em todo o Distrito Federal.
Trinta e uma pessoas foram indiciadas pelo mesmo tipo de crime em todo o ano passado.