ELN rechaça condições impostas por Santos para iniciar diálogo

O Exército de Libertação Nacional (ELN) rechaçou nesta quinta-feira (11) as condições impostas pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de liberar um canadense em poder dessa guerrilha, em troca de iniciar uma mesa de paz.

O líder máximo da guerrilha, Nicolás Rodríguez, respondeu ao governo em uma carta aberta divulgada em seu site, que mantém sua disposição para o diálogo na busca pela paz com justiça social no país, mas sem condições. 

O presidente [Juan Manuel Santos] tem usado os meios de comunicação impondo condições ao ELN para conversar. Se se trata disse, nós teríamos igualmente muita condições, aponta o documento.

“Por exemplo que apareçam os desaparecidos pelos agentes do Estado, que se deem as garantias para que retornem aos locais de origem os mais de cinco milhões de deslocados que haja justiça com os responsáveis intelectuais e dos mal chamados “falsos positivos” (execuções extrajudiciais).

Rodríguez chama o governo para a coerência e continuar caminhando para uma possível mesa de diálogo. “Enquanto nos solicita confidencialidade, o presidente se atribui o direito de usar os microfones e os meios de comunicação para impor condições”, enfatizou a guerrilha.

O guerrilheiro ressalta que foi o governo que definiu conversar no meio do conflito, com o argumento de que um cessar-fogo beneficiaria a guerrilha. Se é assim, indica, por que agora condicionar o diálogo ante determinado acionar insurgente.

Por outro lado insta a empresa canadense Braewal Mining a devolver as comunidades do sul do departamento de Bolívar quatro títulos mineiros que adquiriu “de maneira fraudulenta e sob subornos”.

Ante essa solicitação, agrega, a multinacional canadense guarda silencio e o governo responde militarizando a zona na tentativa de conseguir resgatar por via militar o geólogo Jernoc Wobert. Em 3 de julho, durante sua visita a Suiça, o mandatário colombiano condocionou uma possível mesa de diálogos paralela com o ELN em troca da libertação de Wobert.

Fonte: Prensa Latina