Equador pede explicações a países sobre veto a avião de Morales

Em repúdio à proibição do voo do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, há duas semanas, o governo do Equador cobrou explicações dos embaixadores da Espanha, da França, de Portugal e da Itália em Quito. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador (equivalente ao de Relações Exteriores), Ricardo Patiño, disse ter chamado os respectivos embaixadores para esclarecimentos

Por Renata Giraldi

Evo Morales embarca em Viena (dia 3)

Morales teve o avião proibido de sobrevoar o espaço aéreo dos quatro países, no começo do mês, ao retornar de uma visita à Rússia onde participou de debates sobre produção de gás. Segundo autoridades bolivianas, a aeronave presidencial foi proibida de sobrevoar e aterrissar porque havia suspeita de que o ex-consultor norte-americano Edward Snowden, que denunciou a espionagem a cidadãos por agências dos Estados Unidos, estava escondido no avião de Morales.

A medida obrigou o avião presidencial a desviar a rota de viagem e aguardar por cerca de 13 horas, em Viena, na Áustria. A proibição causou reações do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Venezuela e de vários parceiros latino-americanos.

"Chamamos os nossos embaixadores para que nos informem de tudo o que se passou", disse Patiño, lembrando que Morales fez "uma reclamação nas Nações Unidas” pelo ocorrido. Ontem (15), o governo da Espanha pediu desculpas à Bolívia pelo que chamou de incidente.

Fonte: Agência Brasil