Nas ruas, apenas a prefeitura.

 

Márcio Jerry
Há duas semanas, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior esteve no Pólo Coroadinho. Não foi a primeira vez. Em plena quarta-feira de cinzas, após as chuvas que comprometeram várias partes da cidade, o prefeito esteve pessoalmente no bairro e em outras comunidades.

Tornou-se uma rotina a visita do prefeito e dos secretários municipais aos bairros para vistoriar obras e ouvir as demandas da população.

Durante a onda de protestos que tomou o Brasil e o Maranhão em junho, o prefeito fez questão de receber as lideranças e demais setores da sociedade para dialogar.

Estimulada, a população agora se mobiliza para cobrar melhorias em outras áreas para além da responsabilidade da prefeitura.

Quem esteve hoje pela manhã durante mais uma paralisação organizada pelos moradores do Coroadinho, ouviu de muitos moradores que não basta solucionar a pavimentação das ruas ou melhorar as condições das escolas: o povo quer segurança, melhoria no fornecimento de água e reabertura de escolas estaduais fechadas.

Para atender a todas as demandas pleiteadas pela população, seria necessário que governo do estado e prefeitura se unissem para realizar uma força tarefa no bairro.

Mas por enquanto, a tão falada parceria entre governo e prefeitura é apenas teoria.

Desaparecida há quase dois meses, a governadora do estado sequer recebe lideranças populares no Palácio dos Leões, ainda cercado por barricadas. Enquanto isso, o governo do estado vai acumulando obras paradas na capital maranhense: Via expressa, avenida do IV centenário, Reforma do CEGEL, apenas para citar algumas. Ainda há a greve da Caema e iminente greve da Polícia Militar.

Na prática, a prefeitura tem cumprido sozinha a tarefa de se mobilizar para ouvir a população e trabalhar para atender os pedidos.

Fotos: Flickr/Prefeitura de São Luís e Honório Moreira

Fonte: Maranhão Da Gente