OIT quer que G20 realize políticas a favor do emprego

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) convocou nesta quarta-feira (17) o G20 a trabalhar em projetos de criação de emprego mais amplos e inclusivos, para obter um crescimento econômico robusto, sustentável e equilibrado.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, fez a conclamação durante a apresentação de um relatório conjunto com a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), anterior à reunião de ministros do Trabalho e Emprego das 20 economias mais desenvolvidas.

Antes da reunião, que ocorrerá na quinta (18) e sexta (19), Ryder afirmou que as pobres perspectivas de crescimento econômico para 2013 e 2014 seguirão como um obstáculo para a recuperação do emprego.

Ele insistiu que se pode fazer mais para obter níveis mais altos de ocupação e crescimento, mediante uma combinação bem elaborada de políticas de apoio macroeconômico e emprego e de mercado de trabalho e proteção social, designadas para aumentar os benefícios sociais.

O texto "Perspectivas a curto prazo e principais desafios para o mercado de trabalho nos países do G20" afirma que nos últimos 12 meses o desemprego diminuiu de forma marginal na metade dos países do bloco, enquanto aumentou na outra metade.

A desocupação está acima de 25% na África do Sul e na Espanha, 11% ou mais na França e na Itália e na União Europeia em geral, assinala o documento da OCDE e da OIT.

A esse respeito, Ryder lembra que cinco anos depois da explosão da crise financeira, o desemprego se mantém em níveis inaceitavelmente altos e todos os países do G20 estão diante de graves desafios em matéria de emprego.

Ele também comentou que o Fundo Monetário Internacional revisou para baixo suas previsões de crescimento econômico global para 2013 e 2014, o que significa que nas atuais circunstâncias não se pode esperar melhorias significativas na situação de desemprego.

"Ao não se adotarem políticas mais ambiciosas para enfrentar o déficit de postos de trabalho, a situação não mudará", apontou.

Sobre essa base a OIT e a OCDE solicitaram aos representantes do G20 que façam o máximo possível para usar de forma mais eficiente os recursos humanos e aproveitar, sobretudo, a participação dos jovens no mercado de trabalho.

No primeiro trimestre de 2013, o desemprego entre os jovens esteve acima de 16% em 10 países, incluídos dois com uma taxa superior a 50% (Espanha e África do Sul), assinalou o relatório das duas organizações.

Na reunião de Moscou, anterior à cúpula de chefes de Estado do G20 prevista para setembro deste ano, os ministros das pastas de Finanças e Trabalho do grupo trocarão experiências (exitosas ou não) de acordo a cada país em matéria de emprego.

Fonte: Prensa Latina