Nordeste de luto: Morre o sanfoneiro Dominguinhos

Em uma de suas últimas apresentações, no dia 13 de dezembro, o artista havia feito show em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga, em Exu, no interior de Pernambuco.

Opiniões

“Dominguinhos era uma pessoa iluminada, um ser humano generoso e um artista genial que vai deixar saudades". Adelson Viana – Sanfoneiro

“Ele é de uma humildade ímpar porque mesmo com todo o potencial que ele tem, sempre o observava como um cordeiro manso. Ele é essa pessoa pronta para atender, dá espaços para novos músicos”, Elaine Brito – Empresária

“Dominguinhos era um cara de personalidade tranquila, acessível. Cada vez que ele se encontrava comigo, perguntava pela minha família toda. E assim ele era não só comigo, mas com todos os colegas de profissão”, Luizinho Calixto – Sanfoneiro
“Nosso relacionamento era de muita confidência, de pai para filho”. Waldonys – Sanfoneiro

“Dominguinhos foi além, em uma direção que Gonzaga não pôde, não teve tempo. Ele foi na direção do início de Gonzaga, o instrumentista, da época das boates do Mangue, no Rio de Janeiro, quando ele tocava tango, choro, polca, foxtrot, tocava tudo, repertório internacional, tudo na sanfona”. Gilberto Gil – Músico

Mais

Filho de Garanhuns, Pernambuco, Dominguinhos conheceu Luiz Gonzaga quando tinha oito anos de idade. Aos 13 anos, morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona do "Velho Lua". Três anos mais tarde, o "Rei do Baião" o consagrou como herdeiro artístico.

Em mais de cinco décadas de carreira, foram mais de 40 discos solos ou em parceria. 

O músico ganhou, em 2002, o Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho".

Dominguinhos fez parcerias de sucesso com Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia, Djavan, Nando Cordel, Elba Ramalho, Fausto Nilo, Renato Teixeira dentre outros expoentes da música brasileira.

Atualmente, Dominguinhos é considerado o sanfoneiro mais importante do país.

Fortaleza,
Carolina Campos