Camponeses colombianos pedem que Santos retome diálogo

Em uma carta difundida pela agência de notícias colombiana Prensa Rural, a Associação Camponesa do Catatumbo (Ascamcat) pediu ao mandatário que durante sua visita hoje a Cúcuta, capital do Norte de Santander, receba uma delegação de agricultores que apresentarão várias propostas para sair da crise humanitária que enfrentam.

Os agricultores destacam a proposta de remover o bloqueio na estrada Cúcuta-Tibú de sete da manhã a duas da tarde para permitir a entrada de caravanas humanitárias, em troca de que o governo reinicie a negociação "com um grupo competente e o compromisso de chegar a acordos na primeira semana de conversas".

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Também propuseram que, se chegarem a acordos nos cinco pontos mínimos que exigem em uma semana, desbloquearão todas as vias.

No comunicado dirigido ao mandatário, os manifestantes sublinharam que as demais reivindicações devem ser desenvolvidas em uma comissão bilateral, segundo um cronograma de trabalho acordado pelas partes, com uma equipe competente do governo.

Essa comissão de acompanhamento e garantes dos acordos, sustentaram, estará conformada pelo presidente do Senado, Juan Fernando Cristo, pelo representante do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Colômbia, Todd Howland, pelo Defensor do Povo e pela Comissão de paz do Congresso.

Os camponeses enfatizaram a necessidade do presidente declarar o Catatumbo em estado de emergência social, de acordo com o artigo 215 da constituição. Santos viajará nesta sexta (26) a Cúcuta para realizar diversos atos de governo. Segundo meios locais, poderia se reunir com os líderes camponeses dos protestos.

Nesta jornada também está previsto em Bogotá um ato de solidariedade, realizado por grupos e organizações sociais em apoio ao Catatumbo em frente ao ministério de Agricultura.

Os trabalhadores, que se mantêm há um mês e meio nas estradas enfrentando a repressão da força pública, exigem a declaração de uma Zona de Reserva Camponesa, a substituição de cultivos ilícitos, maior investimento social e subsídios para a alimentação.

Fonte: Prensa Latina