Explosões de diversos carros-bomba em Bagdá deixam 50 mortos
A explosão de 11 carros-bomba no Iraque matou cerca de 50 pessoas nesta segunda-feira (29), de acordo com agências de notícias Associated France Press (AFP), citando fontes oficiais e médicas locais. Além das vítimas fatais, outras 226 pessoas ficaram feridas. As explosões atingiram nove áreas distintas da capital iraquiana, Bagdá.
Publicado 29/07/2013 15:14

A violência desta segunda acontece um dia depois dos ataques que mataram 14 pessoas, entre eles nove policiais curdos, e uma explosão suicida na cidade de Tuz hurmatu, ao norte.
Entre os atentados desta segunda, sete dos bairros afetados são de maioria xiita, segundo fontes locais. A violência intensificada recentemente tem sido associada ao ressurgimento da insurgência sunita contra o governo, liderado pelos xiitas, desde a invasão dos Estados Unidos, em 2003.
A ofensiva militar e a subsequente ocupação contribuíram para polarizar a sociedade iraquiana em torno das linhas sectárias que dividem o país entre sunitas e xiitas. Há, desde abril, uma nova onda de violência na região, que deixou mais de 3.000 mortos.
Além disso, diversos protestos contra o primeiro-ministro Nouri al-Maliki têm sido feitos, sobretudo contra a violência e a repressão de grupos opositores. Entretanto, Maliki está em seu segundo mandato, eleito ao término do governo transicional do país, entre maio de 2005 e maio de 2006.
Em 2005, a nova Constituição iraquiana foi adotada através de um referendo popular, revisada por um Comitê de Revisão Constitucional, estabelecido pela primeira reunião parlamentar após as eleições.
Os ataques a bomba, carros-bomba e outros tipos de vioência mataram mais de 3.000 pessoas desde abril, inclusive as mais de 500 mortas desde o começo de julho, de acordo com a agência Associated Press (AP).
Não houve reivindicação imediata pela autoria dos ataques desta segunda, mas eles carregam marcas associadas ao grupo iraquiano ligado à rede Al-Qaeda, o chamado "Estado Islâmico do Iraque", que frequentemente programa ataques coordenados como um esforço para romper a confiança iraquiana no governo maioritariamente xiita.
Com agências,
Da redação do Vermelho