Publicado 07/08/2013 09:55 | Editado 04/03/2020 16:46

— Isso daria margem a interpretações perigosas. O que é ética para você pode não ser para mim. E aí incluir isso iria gerar problema de conflitos ali. A ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata — justificou o político.
Além disso, Lobão Filho não acatou a proposta de emenda a qual determinaria que fossem relatados à Corregedoria do Senado os atos incompatíveis com o decoro parlamentar praticados fora das dependências da Casa Legislativa. Como já previa o texto anterior, foi mantido o entendimento de que a quebra de decoro só deve ser denunciada se ocorrer dentro do prédio do Senado.
A resolução em questão, de nº 93, teve origem em 1970, durante o regime militar. Desde então, o código de conduta interno da Casa nunca havia passado por mudança, apesar de, em 2009, o então senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ter apresentado a primeira tentativa de alterar as regras do Senado. Contudo, o mandato do tucano terminou antes de o projeto ser votado. Ele concordara com a sugestão do então senador José Nery (PSOL-PA), de incluir, no juramento da posse dos senadores, o compromisso com a ética. Nessa proposta, também havia a afirmação para desempenhar o posto público de forma “honesta”, outro palavra que ficou de fora, mas que Lobão espera poder acrescentar novamente.
O documento que pode mudar o Regimento Interno do Senado já está pronto para ser votado pela CCJ, cujo presidente é o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), do mesmo partido que Lobão Filho. Se o atual conteúdo for aprovado nessa próxima etapa, ele ainda pode seguir para uma comissão temporária especial ou ir direto para o plenário.
Fonte: Maranhão Da Gente.