Aprovação de Sebastián Piñera cai para 37% em julho

A aprovação do presidente chileno, Sebastián Piñera, caiu 2 pontos até situar-se em 37%, em julho, mês em que as duas principais coalizões do país sofreram uma queda em sua avaliação no meio do processo de nomeação de seus candidatos às eleições de novembro.

Assim, figura em uma pesquisa divulgada pela consultora privada Adimark, que indica, ademais, que a desaprovação do mandatário subiu de 51% para 53% e precisa que estas alterações de 2 pontos não são estatisticamente significativas por serem inferiores à margem de erro da sondagem (2,7%).

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Segundo este estudo, as únicas áreas de gerenciamento que registram melhoras são educação (4 pontos até 28%) e criminalidade (2 pontos até 15%), apesar de que se mantêm entre as menos valorizadas.

O resto das áreas registraram quedas. No caso da economia, o retrocesso foi especialmente chamativo, com uma queda de 10 pontos, até 44%, “provavelmente por efeito da desaceleração econômica”, argumenta Adimark.

O único ministro cuja avaliação melhorou em julho foi o responsável pelo Interior, Andrés Chadwick (de 45% para 49%), enquanto o da Fazenda, Felipe Larraín, se manteve em 56% de aprovação.

Entre os piores avaliados, encontram-se a ministra de Educação, Carolina Schmidt (39%); o ministro de Transportes, Pedro Pablo Errázuriz (36%), a titular de Justiça, Patricia Pérez (35%) e o responsável pela Saúde, Jaime Mañalich (35%).

Quanto às principais alianças políticas, a consultora Adimark recorda que “julho foi um mês politicamente confuso, com ambas as coalizões envolvidas em complexos processos de nomeação de candidatos” às presidenciais e legislativas de 17 de novembro.

O processo foi especialmente complexo para a Aliança governista, já que depois das eleições primárias de 30 de julho, Pablo Longueira renunciou a sua candidatura presidencial em decorrência de uma depressão.

Isto levou a uma crise interna entre os dois partidos da coalizão que, finalmente, foi resolvida com a proclamação da ex-ministra do Trabalho, Evelyn Matthei, como candidata única.

Também no Concertación houve polêmicas internas por causa da formação das listas parlamentares.

O resultado foi que ambas as coalizões resultaram castigadas: a avaliação da Concertación, de centro-esquerda, (22%) baixou 5 pontos, enquanto a da Aliança, conservadora, (22 %) caiu 13 pontos.

A pesquisa, de caráter mensal, foi realizada entre 8 de julho e 6 de agosto através de pesquisas telefônicas com 1.322 pessoas com mais de 18 anos, com 95% de credibilidade e uma margem de erro de 2,7%.

Fonte: Infolatam