Greve ganha força e colombianos exigem reforma no campo
Mais de 200 mil manifestantes se concentraram, nesta terça-feira (20) em vários pontos dos 20 departamentos colombianos para apoiar a greve popular e agrícola por tempo indeterminado. Aos protestos juntaram-se setores sociais das cidades como sindicatos, trabalhadores, estudantes, médicos, professores e organizações sociais e políticas.
Publicado 20/08/2013 17:11

No departamento de Armênia estão concentradas mais de 350 representantes de organizações agrícolas e do movimento estudantil, que denunciam, entre outras coisas, o imposto sobre a propriedade que é cobrado para os pequenos e médios agricultores.
Em sua conta no twitter, a ex-senadora Piedad Córdoba comentou os motivos pelos quais os agricultores protestam: "porque os acordos com o governo acabam no limbo burocrático, negligenciado e não cumprido, porque na Huila, em nome do Livre Comércio queimaram o arroz dos camponeses", afirmou.
E acrescentou: “hoje, o campo só é rentável para quem tem dinheiro, porque é ridículo que a Colômbia tenha mais terras dedicadas aos títulos de mineração do que para a agricultura”.
O presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), Domingo Tovar Falando, declarou à Rádio Blu, afirmou que os protestos só terminarão quando o presidente Juan Manuel Santos se sentar para conversar com os diferentes setores do país.
A CUT afirmou, em uma declaração recente, que a maior parte dos colombianos condena a situação atual do país. O governo "afundou o país com suas políticas nefastas, anti-sindicais e antipopulares em todas as esferas e nada mais faz do que aplicar a receita neoliberal imperialista".
Entre as exigências da chamada Mesa de Diálogo e Acordo Agropecuário e Popular, MIA — que se auto intitula o órgão competente para chegar a acordos — estão a "implementação de medidas e ações contra a crise de produção agrícola" e "um maior investimento social na população rural e urbana em educação, saúde, habitação, serviços públicos e estradas".
Mas a lista de exigências da MIA também inclui temas como "acesso à propriedade da terra", "o reconhecimento da territorialidade camponesa", "a participação efetiva das comunidades e dos pequenos mineradores tradicionais na formulação e desenvolvimento da política mineração" e a adoção de "medidas e garantias reais para o exercício dos direitos políticos da população rural".
Da Redação do Vermelho,
com agências