Ex-secretário do PCCh é julgado na China nesta quinta

O Tribunal Popular Intermédio de Jinan, no leste da China, começou nesta quinta-feira (22) o julgamento do ex-diplomata chinês Bo Xilai, acusado de corrupção, desvio de fundos e abuso de poder. Bo, que também era secretário do Partido Comunista Chinês (PCCh), foi afastado em 2012 devido às acusações.

Bo Xilai é indiciado por corrupção na China. - Feng Li/Getty Images

Detido em março de 2012, o político chinês foi demitido no ano passado, quando a sua esposa foi condenada à morte (pena depois suspensa) por envenenar Neil Heywood, o conselheiro financeiro britânico que foi encontrado morto em novembro de 2012, no município de Chongqing, onde Bo liderava o partido.


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Analistas esperam que o processo estenda-se por um dia ou dois, e que Bo, que provocou o maior escândalo político na China em décadas, assuma todas as acusações, menos a de abuso de poder, relacionada com o suposto encobrimento do papel da sua esposa na morte de Heywood.

No julgamento desta quinta, a promotoria acusou Bo de receber cerca de 21,8 milhões de yuans (US$ 3,56 milhões) em subornos de Xu Ming, um empreendedor de plásticos que também é considerado um amigo próximo do ex-dirigente, e de Tang Xiaolin, gerente-geral da empresa de exportação Dalian International Development Ltd., informou o tribunal. Bo nega a acusação, de acordo com a agência Reuters.

O Comitê Central do PCCh anunciou, em abril de 2012, que tinha decidido suspender Bo como membro do Birô Político do partido, já que era suspeito de envolvimento em sérias violações disciplinares. A Comissão Central para a Inspeção da Disciplina do PCCh enviou o caso para investigação.

Em setembro, o Birô Político decidiu expulsar Bo do PCCh e de seu cargo público. O birô também decidiu transferir as suspeitas de violações criminais de Bo e evidências relevantes aos órgãos judiciais. Entre outros cargos, Bo também havia sido ministro do Comércio.

Com agências,
Da redação do Vermelho