Mineiros da África do Sul entram em greve por aumento salarial
Mineiros da extração de ouro na África do Sul convocaram uma greve nesta quinta-feira (29), por exigências salariais, de acordo com donos de minérios, em declarações à mídia internacional. O Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM, na sigla em inglês) exigem aumentos salariais de até 60%.
Publicado 30/08/2013 13:42
No começo desta semana, os trabalhadores rejeitaram uma oferta de aumento de 6%, ou seja, a mesma taxa de inflação atual.
A África do Sul é um dos maiores comerciantes de ouro do mundo, mas a extração sofreu uma redução de investimento e é atingida por relações de trabalho pobres, de acordo com analistas citados pela emissora britânica BBC.
As maiores mineradoras do país, AngloGold Ashanti, Gold Fields, Harmony Gold e Sibanye, assim como várias outras operadoras menores, têm recebido notas formais sobre as greves, de acordo com a assembleia das minas.
O NUM representa 64% dos 120.000 trabalhadores das minas da África do Sul, que também organiza greves dos trabalhadores da indústria automobilística, da construção e da aviação, e funcionários de petrolíferas também devem embarcar em ações industriais na próxima semana.
O governo da África do Sul tem pedido aos trabalhadores que garantam que as greves sejam pacíficas. No ano passado, 34 trabalhadores do minério de platina foram mortos a tiros pela polícia, em protestos que se tornaram violentos.
O presidente sul-africano Jacob Zuma é percebido sob pressão por ambos os lados do espectro político, de acordo com analistas citados pela BBC.
Alguns membros do governante Congresso Africano Nacional querem que ele faça mais pela luta contra a pobreza, enquanto a comunidade empresarial, previsivelmente, apela para o foco na redução da burocracia, pela atração do investimento estrangeiro e pela aceleração do crescimento.
Fonte: BBC
Tradução da redação do Vermelho