Obama analisa várias opções de represália contra Síria

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (30) que analisa com seus assessores "uma gama de opções" contra a Síria e reiterou as acusações contra o governo de Damasco pelo suposto emprego de armas químicas.

O chefe da Casa Branca acrescentou que ainda não tomou uma decisão definitiva sobre o tema e assegurou que a ação mais provável seria um golpe limitado e não uma campanha militar de longa duração, muito menos o desembarque de forças terrestres para derrubar o governo de Bashar al-Assad.

Obama indicou que um ataque cirúrgico por si só não resolveria o conflito na Síria, são necessárias outras medidas, mas seria uma ação para evitar novos ataques com substâncias tóxicas, que constituem uma ameaça à segurança nacional de Washington e seus aliados.

O chefe do Gabinete Oval agregou que o Congresso estadunidense receberá toda a informação necessária nos próximos dias.

Horas antes, o secretário de Estado, John Kerry, afirmou que Estados Unidos está preparado para lançar um ataque preventivo contra objetivos na Síria, e assegurou que os serviços de inteligência conhecem detalhes sobre os lugares desde os quais foram lançadas ditas armas.

Segundo uma pesquisa da rede NBC News publicada nesta sexta-feira, cerca de 80% dos estadunidenses considera que Obama deve pedir autorização ao Congresso, que reinicia suas sessões em 9 de setembro, antes de realizar um ataque contra a nação árabe.

Washington tenta culpar a Síria pelo uso de gases letais contra civis, mas o governo de Al-Assad rejeitou as acusações e qualificou-as de um insulto contra o sentido comum.

Nos últimos dias, a marinha estadunidense reforçou sua presença na região do Golfo Pérsico com a chegada do porta-aviões Harry S. Truman, com dois cruzadores e igual número de destróieres como navios escoltas, que relevarão ao agrupamento similar do USS Nimitz, que se encontra na área desde março passado.

No entanto, o Nimitz permanecerá na região até novo aviso, pois sua presença seria vital na eventualidade de uma vez militar contra Síria.

O Pentágono confirmou também o traslado de um quinto destroier com foguetes cruzeiro para o Mar Mediterrâneo oriental, como parte dos preparativos para uma operação punitiva contra o país.

Fonte: Agência Brasil