Deputados do PCdoB apoiam manifestação contra terceirização

Os deputados do PCdoB apoiaram a manifestação que as centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (3), na Câmara, contra o projeto que regulamenta o trabalho terceirizado. E criticaram a ação policial que impediu a entrada dos manifestantes no prédio da Câmara para acompanhar a reunião na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que foi cancelada para evitar tumulto.  

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que representa a classe trabalhadora, declarou apoio ao pleito. “Faremos o possível para arquivar a matéria. O conteúdo do PL é um retrocesso para as conquistas dos trabalhadores e tem como pano de fundo a precarização do emprego”, afirmou Daniel.

 
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A deputada Jandira Feghali (RJ) criticou as agressões. “É um absurdo o que está ocorrendo agora na porta do Congresso Nacional. As centrais sindicais tentam se manifestar contra o PL que as prejudica imensamente e a polícia reagiu às manifestações com truculência e violência.” Para Feghali, o Congresso Nacional precisa lidar com os manifestantes sem violência. “É injustificável. É preciso garantir a democracia”, critica.

A deputada Jô Moraes (MG) considerou inadmissível receber trabalhadores com spray de pimenta, em uma manifestação legítima. Os deputados Daniel Almeida e Assis Melo (PCdoB-RS), membros da CCJ, saíram da reunião na Presidência da Comissão para interceder a favor dos trabalhadores.

O objetivo do protesto, organizado pela CTB, era “alertar a população e os parlamentares sobre os riscos da aprovação da medida, que escancara a terceirização, beneficiando empresários em detrimento dos interesses da classe trabalhadora”, explica o presidente da Central, Adilson Araújo.

A mobilização começou durante a manhã, com manifestações nos aeroportos das principais capitais brasileiras. Os manifestantes se reuniram desde as 6 horas da manhã no saguão e abordavam cada um dos deputados baianos, antes do embarque para Brasília. Na capital federal, os manifestantes reforçavam o contato com os parlamentares que desembarcavam.

Da Redação em Brasília
Com agências