Votação de homenagem à Rota é marcada por tumulto na Câmara

A quarta tentativa da Câmara Municipal de São Paulo de votar a "Salva de Prata" em homenagem à Rota pelos serviços prestados pela tropa de elite da polícia paulista durante a ditadura foi marcada por tumulto nesta terça-feira (3). Movimentos de juventude como União da Juventude Socialista (UJS), União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) e organizações como o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça realizaram ato de repúdio durante a sessão.

Na galeria do plenário, representantes dos 18 movimentos sociais presentes gritavam "assassino" e "racistas, fascistas, não passarão" aos vereadores Coronel Telhada, Conte Lopes e Camilo, ex-comandantes da tropa. Do outro lado, apoiadores da Rota retrucavam com gritos de "o povo do bem está com a Rota".

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Em discurso, Conte Lopes disse que a Rota é a "melhor polícia do mundo". Em seguida, Telhada, o autor da proposta, afirmou que o livro Rota 66 é "uma grande mentira" e espera que os colegas vereadores aprovem a homenagem para mostrar ao Brasil que a cidade de São Paulo valoriza a polícia e o crime não tem vez.

Até o fechamento da matéria, ao menos quatro jovens de movimentos sociais foram expulsos da galeria, enquanto os vereadores tentavam retomar a votação.

Com informações da Carta Capital