Irã: "EUA erraram em relação à Síria e pagarão caro por isso"

O Líder Supremo da Revolução Islâmica do Irã, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, assegurou nesta quinta-feira (5) que o tema do ataque químico na Síria é uma desculpa e, ao se fazer uso dessa retórica, procura-se agir contra o país árabe, relacionando o tema com questões de direitos humanos.

O Guia Supremo mencionou essas palavras durante uma reunião mantida nesta quinta com os membros da Assembleia de Sábios da República Islâmica do Irã.

Mencionou também os esforços das nações hegemônicas para resolver problemas regionais de acordo com seus próprios interesses e destacou que os Estados Unidos se equivocaram no caso sírio e, sem dúvida, pagarão o preço do erro.

A presença do poder hegemônico na região é ofensiva e ambiciosa e tem como objetivo eliminar qualquer tipo de resistência contrária. Ao mesmo tempo, esta presença não pôde nem poderá eliminar a resistência, apostou o Guia Supremo, para depois considerar que as potências hegemônicas e sionistas pretendem dominar a região.

Sobre a atividade de um grupo de mercenários takfiristas sob o nome do sunismo e outro xiismo, lembrou que os ulemás xiitas e sunitas devem levar em consideração que as discrepâncias entre ramos islâmicos não levam a novos horizontes.

Em outra parte de suas declarações, o aiatolá Khamenei assinalou que a suposta imaginação que o Despertar Islâmico já acabou é errada, porque isso se expande em comunidades islâmicas e o que ocorre atualmente na região é a reação da potência hegemônica liderada pelos Estados Unidos diante desde movimento.

Em alusão à situação do Egito, afirmou que, se tivessem havido lemas de luta contra o regime de Israel e os egípcios não tivessem renunciado aos seus princípios para agradar os opressores, a situação na teria chegado ao ponto que o ditador Hosni Mubarak, que governou o país por 30 anos, esteja atualmente livre e os que chegaram ao poder pelo voto popular sejam, provavelmente, executados.

Por último, o aiatolá Khamenei assinalou que depois de mais de trinta anos e apesar das inimizades e conspirações, o sistema da República Islâmica conseguiu se fortificar, indicando que tal poderio é resultado da resistência do Imã Khomeini, fundador da república, que disse há anos atrás que "o regime sionista é um tumor cancerígeno que há de ser eliminado".

Fonte: HispanTV