Ramonet: Desde o início da revolução, mídia está contra ela

O jornalista espanhol Ignacio Ramonet disse, nesta quarta-feira (11), que desde o início da revolução na Venezuela, em 1999, os meios de comunicação se mobilizaram para estabelecer-se contra o processo.

"Na Venezuela, desde que começou o processo revolucionário, em 1999, há praticamente uma mobilização dos meios dominantes neste país para estabelecer-se oposição ideológica ao processo", explicou o jornalista entrevistado no pelo programa Contragolpe, transmitido pela Venezolana de Televisión.

Ele explicou que a isso se soma as constantes sabotagens nos âmbitos econômico , elétrico, assim como o desabastecimento e os planos de assassinato contra o presidente Nicolas Maduro, como ocorreu contra o presidente chileno Salvador Allende.

"Nós estamos vendo coisas muito semelhantes. Qual é a grande diferença? Obviamente, como o presidente Hugo Chávez indicou, a revolução chilena foi uma revolução desarmada. A Revolução Bolivariana é uma revolução pacífica e democrática , mas não está desarmada", comparou.

Ressaltou também a união cívico-militar que se estabeleceu no país graças a Hugo Chávez.

Ramonet afirmou que a direita venezuelana aposta no descrédito da gestão do governo, chamando-o de ineficiente, mas acrescentou que a oposição sabe que não pode mais contar com as Forças Armadas Nacional Bolivariana ( FANB) para executar um golpe de Estado no país.

"O golpe no Chile (contra Allende) foi organizado pela direita, mas na realidade foi o exército e aliás, assumiu o poder", ressaltou.

Ramonet pontuou na Venezuela não há espaço para a execução de um golpe militar semelhante ao que foi dado contra Allende em 1973, por isso a oposição aposta na desestabilização e em ganhar eleições.

"Trata de criar condições que permitam avançar, do ponto de vista eleitoral, para depois dizer que o jogo eleitoral foi um jogo truncado, como eles disseram após a eleição de 14 de abril", disse Ramonet .

Com AVN