Mulheres querem definir serviços móveis de atendimento no campo  

Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Sergipe reúnem, nesta semana, organismos estaduais de políticas para as mulheres e lideranças rurais para discutir a operacionalização das Unidades Móveis para Mulheres em Situação de Violência no Campo e na Floresta. Os veículos, que começaram a ser doados, no início de agosto, pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) aos governos estaduais, visam humanizar o atendimento às vítimas da violência de gênero.

A proposta é constituir Fóruns Estaduais de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta, relacionados à instância nacional que mantém interlocução com a SPM, e as gestoras estaduais do Pacto de Nacional de Enfrentamento a Violência para a definição de itinerários e serviços de justiça e de segurança pública, a serem prestados nas unidades móveis.

“Esse é o início de uma articulação que pode resultar em políticas para as mulheres do campo e da floresta em outras áreas, a exemplo da autonomia econômica e da valorização do trabalho produtivo”, explica Raimunda Mascena, assessora especial da SPM para Questões do Campo e da Floresta.

Os veículos atendem reivindicação da Marcha das Margaridas, em 2011, entregue à presidenta da República, Dilma Rousseff, para reforçar a oferta de serviços de segurança e justiça para aplicação da Lei Maria da Penha nas áreas rurais. Na época, as lideranças solicitaram dez veículos, que foram ampliados para dois por estado e o DF, pela presidenta Dilma.

Adquiridos pela SPM, os ônibus já foram doados para o DF, Espírito Santo, Goiás e Paraíba. Na sexta-feira (20), Bahia e Sergipe receberão, cada estado, duas unidades móveis para levarem a Lei Maria da Penha para as áreas rurais. Em 26 de setembro, o Rio Grande do Sul receberá dois veículos. Ao todo, a SPM adquiriu 54 veículos – dois a serem entregues para as 27 unidades da federação – com investimento total de R$30 milhões.

Da Redação em Brasília
Com informações da SPM