Bolivia pede extradição de ex-presidente responsável por massacre
A Procuradoria Geral da Bolívia inicia nesta quinta-feira (19), pela segunda vez, os trâmites de solicitação da extradição do ex-presidente Gonzalo Sanchéz de Lozada dos Estados Unidos, onde reside desde 2003. Lozada é acusado de ter responsabilidade em um massacre ocorrido há 10 anos (conhecido com Outubro Negro), que deixou um saldo de 77 mortos e mais de 400 feridos.
Publicado 19/09/2013 10:29
O procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, informou em uma coletiva de imprensa, na cidade de Sucre, que seu gabinete deve apresentar a solicitação diante do Supremo Tribunal, que votará a aprovação e tramitação da extradição de Lozada.
Caso obtenha maioria de votos a favor, o recurso será enviado ao Supero Tribunal dos Estados Unidos, onde se encontra asilado o ex-presidente boliviano. Em 2012, o governo norte-americano rechaçou a primeira demanda sob o argumento de que algumas figuras legais da solicitação não estavam adequadas à ordem jurídica.
Na semana passada, familiares e vítimas do massacre ocorrido em 2003, pediram que as autoridades judiciais do país acelerassem os processos para a extradição dos responsáveis pelos delitos.
Segundo informou Guerrero, além do envio documento que tem mais de oito mil páginas reclamando a devolução de Lozada à Bolívia, será feita também a contratação de um grupo de advogados em Washington para acompanhar o caso. O procurador-geral informou que o processo irá custar cerca de 140 mil dólares, que serão pagos pelo Estado por meio do Ministério de Economia e Finanças.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina e do jornal boliviano La Razón