DF é único sem médicos estrangeiros no programa

O Distrito Federal é a única unidade da Federação que não receberá profissionais estrangeiros durante as duas primeiras fases do programa Mais Médicos, do governo federal.

Dos quinze selecionados na primeira etapa de inscrições, em julho, apenas sete se apresentaram e estão trabalhando. Todos formados no Brasil.

Na segunda fase do programa, realizada em agosto, foram 16 interessados em atuar no DF. Eles deverão se apresentar para o trabalho em outubro. Nenhum é estrangeiro.

Somente na terceira fase do programa, que não tem data para começar, existe a possibilidade de médicos estrangeiros serem selecionados para o DF. O governo local solicitou ao Ministério da Saúde 97 profissionais por meio do programa. E o governo federal diz que continuará realizando novas etapas do programa até que todas as vagas abertas, não só no DF mas em todo o país, sejam preenchidas.

Como as entidades profissionais de outros Estados, o Sindicato dos Médicos do DF é contra a chegada de colegas estrangeiros. Apesar de admitir que o DF tem hoje um déficit de três mil profissionais, o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho, diz que a importação de médicos de outros países não irá solucionar o problema. "Não precisamos de mais profissionais. Precisamos de melhores condições de trabalho e de concursos públicos que ofereçam salários mais adequados à realidade do mercado de trabalho no DF para atrair médicos brasileiros. Há profissionais estrangeiros que são desqualificados e, além disso, não entendem nossa língua", criticou Fialho.

Os médicos da rede pública do DF terão um reajuste salarial de 66% até 2015.