Dilma encontra-se com secretário-geral da ONU em Nova York

A presidenta Dilma Rousseff encontrou-se com o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24), em meio às sessões de debate geral entre os chefes de Estado, na Assembleia Geral da organização mundial, em Nova York. Os dois líderes falaram de temas como a espionagem, os valores universais da ONU, a questão da Síria, os acordos climáticos e o desenvolvimento sustentável.

Presidenta Dilma e Ban Ki-moon - ONU/Paulo Filgueiras

O secretário-geral agradeceu o Brasil por seu constante apoio às prioridades da ONU, fazendo referência especial às importantes contribuições do Brasil no seguimento das decisões da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

Além disso, Ban elogiou o “contínuo e incondicional apoio” do Brasil ao Haiti e o “excelente trabalho” desenvolvido pelas tropas brasileiras que fazem parte da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), que o país lidera desde 2004, à frente de uma equipe multinacional.

Leia também:
Dilma: “Abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras”

A questão dos programas globais de vigilância foi discutida no encontro, quando o secretário-geral e a presidenta falaram também sobre os acontecimentos na região do Oriente Médio, bem como sobre a situação na Síria.

Em seu discurso na Assembleia Geral, ainda na terça, Dilma marcou posições incisivas sobre este assunto, condenando o unilateralismo (em referência à empreitada estadunidense por uma intervenção militar contra a Síria, em detrimento dos apelos contrários por diversos atores internacionais) e promovendo o empenho pelo multilateralismo, conceito que também forma a base para a defesa da reforma do sistema ONU.

Além disso, a questão da espionagem das comunicações promovida pelos EUA e a regulação da internet foram propostas por Dilma durante o seu discurso, com a defesa da soberania nacional e da privacidade (como direito civil violado pelos programas de espionagem).

Com informações da ONU,
Da redação do Vermelho