Rússia: Resolução da ONU sobre Síria não prevê uso da força
O chanceler russo, Serguei Lavrov, declarou nesta sexta-feira (27) que a resolução sobre a Síria não prevê nenhuma ação militar sob o pretexto de aplicar os dispositivos do Capítulo VII da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), que contemple o uso da força.
Publicado 27/09/2013 07:45
O chanceler russo declarou à imprensa que a resolução a ser apresentada aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) está de acordo com a lógica dos acordos de Genebra e dentro do marco dos esforços para eliminar as armas químicas na Síria, assegurando que não prevê nenhuma medida sob o Capítulo VII.
O representante da Rússia perante a ONU, Vitaly Churkin, afirmou que o CSNU poderia votar nas últimas horas desta sexta-feira em Nova York o rascunho da resolução acordado entre seus cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) sobre o desarmamento químico da Síria.
O próprio Lavrov anunciou na quinta-feira (26) que a Rússia e os Estados Unidos acordaram um projeto de resolução sobre o desarmamento químico da Síria, que não inclui o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas. O Capítulo VII é o que estipula as condições para o uso da força.
Moscou e Washington chegaram em 14 de setembro último em Genebra, a um acordo sobre a eliminação do arsenal de armas químicas da Síria para meados de 2014.
Os Estados Unidos e alguns de seus aliados, baseando-se em informes da autodenominada Coalizão Nacional das Forças da Oposição e da Revolução Síria (CNFORS) sobre o suposto uso de armas químicas por parte do Exército do país árabe, adotaram uma retórica ameaçadora contra a Síria. Damasco negou categoricamente qualquer relação com o uso de armas químicas em seu território.
Uma proposta da Rússia para fazer um controle internacional sobre as armas químicas da Síria impediu a eventual ofensiva estrangeira liderada por Washington.
Hispan TV