EUA e Israel insistem em posições de força contra o Irã

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o premiê israelense, Benyamin Netanyahu, insistiram nesta segunda-feira (30) em manter posições de força contra o Irã, apesar de surgirem indícios de uma aproximação com Teerã.

Após um encontro na Casa Branca, tanto Obama como Netanyahu exigiram ao governo do presidente Hassan Rouhani que abandone os programas de uso da energia nuclear com fins de guerra, algo que Teerã afirma que não existe, pois o programa do país tem finalidade pacífica.

Em seu encontro com Obama, o dirigente do regime israelense insistiu que Washington mantenha as sanções contra o Irã e as reforce caso Teerã dê sequência aos seus projetos de energia nuclear, durante a próxima rodada de negociações com as potências ocidentais.

Por sua vez, o presidente estadunidense, que tratou de amenizar as preocupações de Telavive sobre um compromisso diplomático com o Irã, assinalou que as autoridades iranianas devem mostrar "fatos concretos" e prometeu manter todas as opções "sobre a mesa", inclusive a militar.

O encontro desta segunda na Casa Branca ocorre três dias depois da visita do presidente Rouhani à ONU e sua conversação por meio de telefone com o mandatário estadunidense, o primeiro contato entre ambas as partes em mais de três décadas.

Para o governante israelense, com a suposta aproximação EUA-Irã, Teerã procura ganhar tempo e aliviar as pressões internacionais para desenvolver "armas nucleares", o que o país aliado dos EUA repudia.

Não obstante, Obama assinalou que está preparado para provar as proposições de Rouhani, embora insista que deve existir o máximo nível de verificação antes de aliviar as sanções.

Em uma tentativa aparente de diminuir as preocupações de seu principal aliado na região do Oriente Médio, Obama assegurou que seu país está aberto ao uso da força militar se a diplomacia "fracassar".

Por outro lado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou no domingo que é possível um acordo com o Irã em um prazo de três a seis meses se o país provar que seu programa nuclear não tem finalidades bélicas, e qualificou de construtiva a recente reunião que teve na ONU com seu colega iraniano, Mohammad Javad Zarif.

Fonte: Prensa Latina