Exército Sírio detém atentado suicida de mercenários estrangeiros

O Exército Árabe Sírio frustrou nesta segunda-feira (30) um atentado suicida com um carro bomba, que dois mercenários estrangeiros tentavam realizar contra um posto de controle militar em Idleb, no norte do país.

Na ação resultou morto um tunisino chamado Radwan Hamidi, apelidado de Abu Musáab, que com sua esposa, de nacionalidade chilena, Gisel Carmona, dirigia um caminhão carregado de explosivos para lançá-lo contra os militares preto da fábrica de enlatados de Idleb, de acordo com a imprensa síria.

Gisel foi detida pelo Exército e em seu interrogatório, divulgado pelas emissoras de televisão do país, confessa que é oriunda do Chile e graduada em Medicina na Espanha, onde conheceu seu marido.

"Depois de nos casarmos, viajamos para Tunis, onde meu marido passava grande parte de seu tempo navegando por sites jihadistas na Internet e mantinha contato com um tal de Abdala Edris", afirmou Gisel.

"Mais tarde, me convenceu para o acompanhar até a Síria, com o propósito de ajudar o povo sírio", relatou.

"Com um tunisiano chamado Abu Muthanna e sua esposa, de origem marroquina, entramos pelo Monte al-Turkman, na Síria, através da Antióquia, na Turquia", disse Gisel.

"No Monte al-Turkman conhecemos indivíduos da Tchetchênia, do Iêmen, de Marrocos, da Tunísia e de outros países. Nos unimos a um acampamento de tchetchenos e depois nos mudamos para o de Abu Sufian, o Sírio, na aldeia de Rabia, nas cercanias de Latakia, costa marítima da Síria", detalhou.

No Ramadã, segundo confessou a chilena, os terroristas atacaram aldeias na área rural de Latakia e estavam em grupos de diferentes nacionalidades. Alguns eram iemenitas, sauditas, alemães, tchetchenos e tunisianos.

"Eles sequestraram muitas mulheres e crianças, que levaram consigo como reféns. Desconheço para onde foram", agregou.

As confissões da chilena comprovam as repetidas alegações de Damasco de que além de uma guerra civil, a Síria enfrenta uma invasão de terroristas armados e extremistas islâmicos estrangeiros apoiados por várias nações, como os Estados Unidos, Reino Unido, França, Arábia Saudita, Turquia e Catar.

Fonte: Prensa Latina