Feira do Livro – Educação e Cultura, artigo de Flávio Dino

 

Flávio Dino
Caminhar em São Luís pelas ruas da Praia Grande é uma experiencia unica, que sempre faz bem à alma maranhense. Não por acaso, é possível encontrar caminhando pelas praças, ruas e becos do coração do nosso Centro Histórico o poeta Nauro Machado, a quem, em feliz iniciativa da prefeitura, a Feira do Livro de São Luís homenageia como patrono de sua 7ª edição.

A mais recente das minhas caminhadas pela Praia Grande foi logo após da abertura da FeliS – nome pelo qual foi carinhosamente batizada a Feira de nossa capital, – onde encontrei e conversei com o poeta Nauro Machado, em mais um feliz reencontro, assim também com Zelinda Lima e Salgado Maranhão, grandes nomes de nossa literatura que nos guiam em grandes viagens que fazemos dentro de nós mesmos, em busca do fazer-refazer de nossas subjetividades.

Na abertura da Feira, que conta com o apoio do Governo Federal, falei sobre as viagens proporcionadas pela leitura, em direção a vários mundos. Essas viagens estão garantidas na FeliS, pelas obras de grande qualidade que estão disponíveis, e também pela vinda de escritores estrangeiros para participar da Feira e conversar com os leitores maranhenses. Esses encontros dos maranhenses com escritores estrangeiros e brasileiros de outros estados tem o apoio da Embratur, por entendermos que o cultura é uma importante vertente para o crescimento da economia do turismo no Brasil.

Os ganhos de São Luís com a revitalização da Feira do Livro, capitaneada pela Fundação Municipal de Cultura, muito bem dirigida pelo professor Francisco Gonçalves, apontam para uma nova política de valorização da Educação, da Cultura e do Lazer. Com efeito, teremos não somente a reunião de livrarias, mas também a apresentação de grupos culturais e acoes de incentivo à leitura, voltadas especialmente a crianças e jovens das escolas públicas da capital, promovendo inclusão social.

Além de levar alunos das escolas municipais para um ambiente multimídia da literatura, a Secretaria Municipal de Educação de São Luís buscou também ampliar a oportunidade para que as crianças adquiram livros durante as visitas guiadas à Feira, por intermédio de um vale-livro que será usado pelos alunos da rede municipal, conforme o professor e secretário de Educação, Allan Kardec, nos informou durante a cerimônia de abertura.

Iniciativas como esta são fundamentais para a consolidação de uma verdadeira política igualitária no acesso aos bens culturais. A proposito, lembrei que, como deputado federal, fui relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara do projeto que deu origem à Lei do Vale Cultura, o qual precisa ser urgentemente estendido a todos os trabalhadores que recebem até 5 salários mínimos, disponibilizando uma quantia de R$ 50,00 mensais para investimento em formação cultural.

Trabalhar pela Educação e pela Cultura é dever de todo governante comprometido com o desenvolvimento de seu estado e de sua gente. Investimentos na expansão da rede de bibliotecas públicas e dos espaços de cultura, em todas as cidades do Maranhão, devem fazer parte de uma política empenhada na formação integral do cidadão. São Luís, sob a liderança do prefeito Edivaldo, está de parabéns pelo exemplo que dá na realização da Feira do Livro, com a união de todas as esferas de poder e da sociedade. Espero que os leitores possam visitar e aproveitar a FeliS, e que um dia iniciativas assim cheguem a todas as regiões do nosso imenso e belo Estado.