Exército defende mais recursos para segurança da informação  

O chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército, general José Carlos dos Santos, disse que o Brasil precisa dobrar o orçamento previsto para acelerar programas que permitam o incremento da segurança da informação no país. Segundo o militar, que participou nesta quarta-feira (2) de audiência da CPI da Espionagem, estão reservados atualmente, no Ministério da Defesa, R$ 400 milhões para a segurança cibernética nacional para um período de quatro anos, quando seriam necessários R$ 800 milhões.

Exército defende mais recursos para segurança da informação - Marcelo Favaretti

O general ainda defendeu a rápida aprovação de um marco civil regulatório para a internet, o que, na opinião dele, daria segurança jurídica e permitiria ao Brasil, por exemplo, marcar sua posição em foros internacionais. O marco civil está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Ele apontou ainda, entre os desafios a serem enfrentados pelo Brasil, a carência de profissionais na área da segurança da informação. Ele disse que esse é um problema que precisa ser encarado "com muita seriedade, uma vez que os recursos humanos estão no centro de qualquer estratégia".

“A preocupação com segurança de dados pessoais em outros países já é embutida no cidadão desde a primeira infância, o que não acontece no Brasil. Já no ensino fundamental, as crianças americanas aprendem cuidados necessários a serem tomados com o uso de redes, de computadores e dispositivos como celular e tablets”, afirmou o General Santos, ao defender a participação do Ministério da Educação no processo de formação de mais profissionais.

A presidenta da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), anunciou que na próxima semana, a CPI da Espionagem deve ouvir o jornalista Glenn Greenwald, responsável por divulgar dados secretos coletados pelo técnico Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA na sigla em inglês). Greenwald revelou à imprensa que a presidenta Dilma Rousseff e a Petrobras foram alvos da espionagem.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado