Islamistas convocam marcha de um milhão no Egito

Por seu lado, o governo interino chamou seus aliados a concentrarem-se nas principais praças do país para romper o jejum estabelecido no Dia de Arafat, véspera do Eid el Adha, que comemora no dia que Alá deu por aperfeiçoado o Islã.

Eid el Adha ou festa do sacrifício comemora a submissão a Alá de Ibrahim (Abraão), cuja disposição de sacrificar a seu primogênito, Ismael, lhe concedeu a bondade divina, segundo os muçulmanos que o festejam sacrificando um cordeiro ou uma rês e distribuindo a carne entre os desfavorecidos.

O palco indica a possibilidade de novos choques entre os integrantes da Aliança Nacional de Defesa da Legalidade (ANDL), a coalizão islamista na qual é dominante a ilegal Irmandade Muçulmana, e que exige a reinstalação do deposto presidente Mohamed Morsi, derrubado pelas Forças Armadas em 3 de julho em meio a protestos em massa.

A ANDL chama a todos os "leais e honoráveis filhos" do Egito a participar na marcha do milhão de homens desde o meio dia até o por do sol, diz a entidade em um comunicado que se abstém de mencionar os lugares de concentração.

Em meados da semana passada a coalizão convocou protestos pela morte de 57 manifestantes em 6 de outubro em choques com as forças antimotins e opositores aqui e em cidades do interior, mas advertiu que deviam se manter afastadas da praça Tahrir e dos arredores da mesquita Rabaa El Adawiya.

Tahrir tem sido o local de concentração dos adversários da IM; os arredores do templo, assim como a praça An Nahda, na vizinha província.

Dada a rivalidade mútua prevalecente em ambos campos e a evidente intenção do Governo interino de silenciar à octogenária IM, as condições estão dadas para que o Egito viva em outro dia de distúrbios, com a provável perda de vida em ambos campos.

Fonte: Prensa Latina