UEE-SP apoia luta dos estudantes nas universidades paulistas

Diante das greves e ocupações da USP e na Unicamp, a Diretoria Executiva da UEE-SP reunida no dia 11 de outubro de 2013 aprovou moção de apoio à luta nas universidades estaduais paulistas. Abaixo, a nota na íntegra divulgada pelo site da União Nacional dos Estudantes (UNE) e reproduzida pelo Vermelho.

”As greves e ocupações de reitoria na USP e na UNICAMP abrem caminho para discutir a democracia no estado de São Paulo. No caso da USP as principais pautas são as eleições diretas e paritárias para reitor com o fim da lista tríplice, a constituição de uma estatuinte livre, soberana e democrática, a adoção de cotas sociais e raciais e o fim da repressão aos estudantes que se mobilizam”, diz o documento.

Confira na íntegra:

Nota da UEE-SP em apoio à luta dos estudantes paulistas

O movimento estudantil paulista está em grande mobilização para transformar o perfil das universidades do estado: para que estas estejam abertas ao povo e não somente para uma restrita camada da sociedade, democratizando o acesso e as estruturas de poder e consolidando a qualidade do ensino. Essa luta está em franca oposição ao projeto elitista e autoritário do governo do estado para as universidades, que tem como principais representantes o reitor da USP João Grandino Rodas e o governador Geraldo Alckmin.

As greves e ocupações de reitoria na USP e na UNICAMP abrem caminho para discutir a democracia no estado de São Paulo. No caso da USP as principais pautas são as eleições diretas e paritárias para reitor com o fim da lista tríplice, a constituição de uma estatuinte livre, soberana e democrática, a adoção de cotas sociais e raciais e o fim da repressão aos estudantes que se mobilizam. Na UNICAMP, por sua vez, os estudantes lutam pela saída da Polícia Militar do campus.

Essas lutas somam-se às mobilizações dos estudantes da UNESP que, por meio de greves em inúmeros campi, barraram o PIMESP e conquistaram avanços importantes na política de assistência estudantil, avançando na organização dos próprios estudantes. A recente fundação do DCE da FATEC é outro exemplo de que o movimento paulista se fortalece em todas suas frentes e também luta pela qualidade no ensino tecnológico.

Todas essas pautas têm um inimigo em comum: a política de educação do governo de São Paulo, que elitiza, mercantiliza e militariza a universidade paulista, conduzindo de forma autoritária as decisões de acordo com seus interesses. É importante ressaltar que democratizar a universidade não é somente transformar suas estruturas internas, mas também abrir as portas das instituições para o povo, por isso nossa luta é também pelo Projeto de Lei de Iniciativa Popular organizado pela Frente Pró-Cotas do Estado de São Paulo, por Cotas Raciais e Sociais nas universidades paulistas.

Para enfrentar essa política e derrotar os tucanos, é preciso que o movimento estudantil esteja forte e unido. Para isso a UEE-SP convoca todos e todas para um grande ato em defesa da democracia na educação paulista para o dia 15 de Outubro, às 16 horas no Largo da Batata.

Mais democracia e mais educação!

União Estadual dos Estudantes de São Paulo
 

Fonte: Site da UNE